As cordas do violino me lembram teus cabelos
Lembro-me quando o vento o tacava
E reproduzia um som de liberdade que saia
Com formas dos teus lábios, dos teus olhos
Era um sorriso cheio de notas musicais
Em uma expressão tão silenciosa
Deitei-me na grama da existência
Para contemplar o imenso cemitério
Nosso amor é o brilho vivo
E mesmo depois brilhará
Juntamente com as estrelas
E então pertenceremos ao cemitério
No qual um dia fomos espectadores
Nessa peça teatral chamada vida
Onde vivemos e éramos protagonistas
Da mais linda história de amor
Que acabou e não virou filme de televisão
Porque nossa história
Era linda demais
Que morreu e foi brilhar no céu
Nesse cemitério, onde apaixonados
Contemplam nosso amor em uma ínfima analogia.
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