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O Louco de Platiplanto
André Claro

Eu conseguia ver o que havia sob o ralo.
Vermes, cabelos, espuma e escarro,
Esperma.
Eu tomava banho,
Coisa rara.
Mais um pouco
E o esperma cresceu sob a espuma
Do xampu ou do sabonete.
Havia cabelos lisos compridos
Em sua cara de Perseu.
Cabelos meus
Ou dela?
Minha menina caquética.
Com o esperma vieram os vermes.
Apanhei o rodo e dei neles,
Em vão.
A luz apagou ou acabou,
Tudo ficou escuro,
Como se eu estivesse no fundo
De minha garrafa vazia de Bourbon.
Acordei em minha cama,
Ao lado de Galileu e o homem biônico.
Uma mulher de branco entrou pelo quarto,
Sorrindo aos prantos.
Acho que era Cecília Meireles ou Simone de Beauvoir.
Ignorou-nos quando passou pelo corredor,
Jean Luc Godot.
Logo eu, o Cavalinho de Platiplanto!
Xinguei um pouco
E fui pastar.


Biografia:
Por um período, entre 1999 e 2001, fui repórter, não antes de ser escritor. Foi, pois, publicando um velho conto — no primeiro jornal no qual trabalharia — que me tornei repórter. Julguei que pagaria pela publicação, mas, além de não a pagar, ela simplesmente me valeu um emprego! A despeito disso, produzi pouco ao longo de vinte e tantos anos como escritor e dramaturgo. Em 1999, publiquei uma novela, que tem como cenário o Capão Redondo, Amargo Capão (Um Dia no Tráfico). Só então em 2006, voltaria a publicar, estrearia no conto com Absurdos, Delírios e Ilusões (Litteris Editora). Da mesma forma, escrevi alguns roteiros de curtas e alguns textos para o teatro, ocasião em que colaborei escrevendo e atuando numa paródia Shakespeariana: Queijo e Goiabada (Romeu e Julieta). Posteriormente, enclausurei-me, fiquei restrito a fazer bicos. Ler e escrever poesias, contos – esboçar romances. O Homem Sem Desejos, foi o único desses esboços a ser lançado, em 2016, então pelo Clube de Autores. Agora, igualmente, algumas daquelas poesias vão sendo divulgadas. Paralelamente, vou concluindo a faculdade de psicologia.
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