Fortaleza, Ceará. Mais uma vida vem para o mundo, mas ninguém imaginava como seria essa vida. Seu nome é Maria Da Penha Maia Fernanda. Ela cresceu, viveu e se formou, tornando-se uma farmacêutica, um tempo depois encontrou uma pessoa que a primeira impressão pensou que seria a pessoa certa para ela, ele era um professor universitário e economista, eles se casaram, em maio de 1983 eram um casal feliz, com três filhas pequenas. Ela coloca as filhas para dormir. O marido vai para a sala e liga a TV. Ela toma banho e vai se deitar. De uma hora para outra acorda com um tiro nas costas e pensa : “ acho que meu marido me matou ‘’. Quando volta a ter consciência, vê muitas pessoas a sua volta. São os vizinhos. Estão todos assustados a espera do socorro, comentam que houve um assalto. O marido esta na sala com a roupa rasgada e uma corda amarrada no pescoço. Por enquanto só ela sabe que o homem – que agrediu ela e as crianças- esta fazendo teatro.
O terror não acabou naquela noite. Depois de varias cirurgias e meses no hospital, presa para o resto de sua vida em uma cadeira de rodas, ela sofre um segundo atendado, desta vez dentro do banheiro de casa. O marido tenta eletrocuta-la. Porem não consegue, pois ela grita e a babá das filhas aparece e a ajuda.
O nome do homem que sempre agrediu ela e as crianças se chama Marco Antônio Heredia Viveros. Por conta das duas tentativas de mata-la Penha fica paraplégica. Somente dezenove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão.
Penha lutou, lutou e lutou. E vinte e três anos depois de ter levado o tiro das costas, ela conseguiu seus direitos e criou uma nova lei, a Lei 11.340, Lei Maria Da Penha, foi assinada pelo presidente Lula, em 2006.
|