Dias atrás avistei um pernilongo gigantesco na parede do meu quarto.
Era tão grande que dava para ler a mente dele.
Estava pronto para sugar cada gota do meu sangue.
Foi então que realizei um feito histórico.
Coloquei minha mão sobre ele, com a palma levemente dobrada para não machucá-lo.
Quando ele percebeu, tentou alçar voo.
Então eu o envolvi, com a mão fechada, como que formando um casulo.
Abri a janela, abri a mão e falei: "Voa para bem longe bichinho feiosinho, você também é livre".
E o libertário feioso voou para bem longe da minha pessoa.
Sono tranquilo, com todo o sangue nas veias.
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