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SOLIDÃO
Derlânio Alves de Sousa

SOLIDÃO

Andando pelas veredas mais sutis da vida
A brisa me convida a despertar do meu eu
O sol me faz um alerta
Menino desperta.
Em tua terra não choveu.

No deserto do meu mundo, nas mais altas estações.
Há um grito tão profundo
Nas crateras dos vulcões
- estou só, estou só.
Entre milhões.

E neste submundo
Não encontro na encosta terrestre
Faz-me tanta falta os ruídos silvestres
Preciso emergir à superfície vulcânica
Sair desse espaço de emoções platônicas

E pesando nas avenidas desertas desta vida
A procura de uma saída
Não encontro o meu amor
E neste barco devagar
Ta difícil de chegar
Em um mundo mais color.

Ah! São tantas inspirações
Lamúrias e dor que traz a solidão
Preciso de alguém que me faz emergir
Que me tira deste vulcão.

E tragando o amargor do silêncio desta feita
A vida deixa de ser perfeita
E sim, soberba e estreita
Sem cílios e pálpebras
Fisionomia desfeita.

O meu mar é deserto
O meu céu não tem estrelas
Minha lua não está por perto
Faz tanto tempo que não vê-la.

Ô deus do amor
Faz-me encontrar no vale da paixão
A resposta dos meus brados
Contra as feridas da solidão.



Biografia:
Derlânio Alves de Sousa, nascido em 04/01/1976 no município de Aiuaba CE, filho de agricultores, Eneas Alves e D. Santa, é professor de Língua Portuguesa, tem pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura brasileira.
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