Nos primórdios do século XVlll
Com dores fortes de parto,
A mãe natureza dá luz,
Nasce “São João do Príncipe”,
Filho da “Terra da Luz”.
Antes fora Inhamuns, pela tribo Jucá.
Mas logo outra denominação veio,
Desta vez pra ficar.
Por ser Barro Vermelho,
Batiza-se agora, chama-se Tauá.
De Príncipe a Princesa,
São seus derivados mais comuns.
Por ostentar sua realeza,
Terra de tanta beleza,
Só pode ser “Princesa dos Inhamuns”!
Terra mãe acolhedora,
Fascínio de uma gente,
Simples e batalhadora.
Sendo humilde, assim sobressai
Infinitivamente imorredoura.
Torrão que abriga em seus braços,
Seus filhos, seus vizinhos e visitantes.
Tanto os mais de perto,
Como os mais distantes.
Tem em seu seio, o espírito maternal,
És dos Inhamuns, a nossa Capital!
Quinamuiú tem seus segredos,
Inspiração pura e divina,
Deus com sua coordenação motora fina
Fez-te com seus próprios dedos,
Construiu este belo penhasco,
Sendo assim tão vasto
Chega até causar medo.
Entre às margens e seu leito,
Há um solo tão perfeito,
Que esbanja riqueza entre si.
Rio de água doce,O velho conhecido Trici!
Em sua fauna, canta o bem-te-vi,
A juriti e o sabiá.
O cancão e a asa branca,
São símbolos deste lugar.
O tatu já em extinção,
O papagaio e o tamanduá.
A natureza pede restituição,
Não pode assim morrer Tauá!
Faz parte de sua beleza
A mata rasteira e espinhosa,
Invejosa caatinga do sertão.
Aqui pasta o boi, o bode e o carneiro.
Rebanho tão cuidado
Pelo nosso brabo vaqueiro!
Terra do carneiro, do queijo,
Do baião- de- dois e do mungunzá.
Iguarias sem par!
De sumo sabor.
Que fazem dessa terra prosperar
E ter seu próprio valor.
Oh! Terra amada,
Idolatrada!
Teu povo não cansa de te exaltar,
Salve, salve, Terra mãe!
Viva o povo de Tauá!
Derlânio Alves, 14/maio/2016
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