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Antes de Cristo, seriamos lançado de um penhasco,
Nos dias de Cristo, seriamos jogado aos leões,
E, depois de Cristo, passaríamos por muitas coisas,
Até mesmo, sermos visto como amaldiçoados por Deus.
O fato de não termos uma perna,
Ou, não termos um braço,
Faltar a visão e a audição,
Não nos impede de sermos gente.
Como posso então ser visto como indigente?
Se minha mente não sente e não reage,
Tão rápido como a dos demais rapazes
Que às vezes gostam de me zombar.
Em alguns casos somos até tão inteligente
Que acham que não quero me inteirar,
Mas, de modo algum não me compreendem
Que tenho outras maneiras de me expressar.
Foi preciso no entanto tempo para ensinar,
Que capacidade em nós há,
Só precisamos mesmos
De acessibilidade para voar.
Conforme vimos durante anos,
Leis, decretos, portarias, medidas provisórias,
Foram escritas perante a história,
Todavia, toda essa letra não impediu de me matarem aos poucos.
Alguns gritam e até gritam bem alto:
Não enxerga? Não ouve? Não anda?
Não sente? Não pensa? Não ama?
Que coisa! Nos jogaram nas prisões de uma cama.
Para tudo isso então,
Precisamos acreditar,
Lutar, guerrear e não achar
Que devo parar.
Por isso, vamos em frente.
A deficiência não sou eu,
Ela apenas me ajuda,
A me motivar a caminhar,
Mesmo não tendo pernas para andar.
Permitirmos que continuem escrevendo leis,
Textos e tudo mais,
Mas, pedimos uma coisa,
Escrevas nos muros de seu coração:
Inclusão se constrói com paixão.
Deixe-me por fim me apresentar,
Sou a deficiência que em todos há,
Aquela que veio para mostrar,
Que ninguém é melhor que o outro,
Por isso, sejamos um com o outro.
Tenho deficiência, mas, sou eficiente,
Temos deficiências, mas, somos eficientes.
Permita-me então cooperar onde não há deficiência em ti,
E, em mim cooperes com sua deficiência,
Para assim chegarmos a perfeição,
Da tão sonhada inclusão.
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