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  Texto selecionado
Silêncio no Olimpo
J. Feliciano

Resumo:
Um olhar crítico imediatamente após o encerramento dos Jogos Olímpicos RIO 2016.

O que era breve, findou:
As bolas na areia
As redes no meio
Os saltos no ar
As flexas no rumo
Os tiros no alvo...!
No caminho de obstáculos,
cavalos e cavaleiros incólumes.
Na arena de cordas, punhos e golpes
tingidos de sangue e de dor,
clamaram os louros da vitória e gemeram o fardo da derrota.

Nas raias de concreto e de grama,
de areias e de águas,
fêz-se o clamor universal,
unânime, gritando “vivas” aos
hodiernos e insaciáveis gladiadores.

Agora,porém,passados os combates dos homens e das sombras,os gritos e os fogos de artifício jazem no silêncio.
Os pódios e as glórias gritam no vazio,pois já não há quem os ouça.Os passos silentes,as mãos recolhidas,olhares fechados, os gritos calados,o pranto engolido,o riso ocultado,os golpes cessados, a dor reprimida rumina a derrota de insitência atróz.
                                                         Os breves raios de sol se escondem e as gotas de chuva o fogo apaga.Arrasta consigo o último golpe,a dança derradeira,o salto final para o outro lado da História,para além do borburinho efêmero das multidões e dos desventurados deuses de fumaça que brincam e jogam no tabuleiro das vidas humanas.

Á nós, mortais, cabe o querer, o desejar,
reclamar o legado, direito nosso de cada dia,
da saúde sem filas,do estar seguro sem cercas,
do praticar o ofício que tem o pão como recompensa,do vislumbrar horizontes,do abrir do futuro as portas.
Nós, que os olhares do pódio não merecemos,
Nem o pulsar das glórias terrenas,
Nem o sorriso do gigante das águas
ou um aceno cordial do vento de passadas largas.
Se o futuro não espelhar-nos essa grandeza,
ou não abrir-nos os horizontes,
tudo o que foi celebrado: a tocha em fogo, os “vivas”,
os pódios, os fogos de artifício e os olhares do mundo,resultará inútil. Se o povo, nascido do ventre desta terra não colher os frutos,
se não houver como enxergar o amanhã de tempo novo para a pátria mãe, pátria amada , Brasil.

Pois,agora,o vazio grita ao fogo ausente,como á fazer a última chamada.Agora, são só o eco dos gritos das vitórias e do pranto das derrotas,espectros do Olimpo,dos falsos deuses da breve alegria, que respondem:                                                                                 “ Presente “!












Biografia:
Sou de poucas palavras faladas e,  em meio a tantas que é preciso escrever, eu me descubro. E é por isso que escrevo ! Razão e coração, como qualquer pessoa, o olhar divagando sobre os fatos e as gentes, não raro minha visão do mundo me pega com os pés fora do chão e a cabeça acima das nuvens. É assim que eu sou...! E é assim que eu cumpro a minha missão de existir !
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Poesias "Canto ao menino imaginário" J. Feliciano
Crônicas Silêncio no Olimpo J. Feliciano


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