Ah! Quem pudera eu,
O tempo já apagado
De tudo que queria viver
Jamais é recordado,
Como queria lá estar
Pra viver aquele passado.
Dentre as matas e florestas,
Se perderam, e o valor?
Tudo que havia...
Acabaram até com o amor,
Sempre rico o homem pobre
Será maior a sua dor.
Lacrimejo não adianta
Sofreste desde então,
Viveste ao que plantou,
Pouco resta-te, só o sertão.
Agora colha o que é seu
Nesse deserto do seu chão.
É parecido com o cancioneiro
Sem alma e poesia
Liberte-se desse seu mundo
Repleto de agonia.
O ser humano pouco se importa
De viver em paz, em alegria.
O que antes não existia
Hoje é de exímia importância,
Um exemplo é o consumo
Dessa gente de ignorância
Deveria olhar-se pra Deus
Pra sermos Dele semelhança.
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