Como no mar, agitado e perigoso
Nado e mergulho dentro de ti
Assim, no ar, meu dedos loucos
Vagueiam no teu corpo a busca de mim
Encontram teu seio e você diz: viste?
Sinto já a substancia estranha e íntima
Rezo para que a nudez esteja vestida de lua branca
Onde eu possa mergulhar minha face já triste
Desço mais a medida que pedes
Gozo da sensação que tenho ao mergulhar os dedos
Mulher, como te expandes!
Faz meu corpo vil querer teu corpo moço
Que imensa és tu! Uma imensidão de poesia
Deixo em tua pele minhas garras e a sede do teu líquido transparente
Apenas com o tato acelera-me a arritmia
E faz com que eu queira retornar sempre
Amo-te os braços juvenis que enlaçam-me
Com desejo do meu criminoso desvario
E as confiantes mãos que afagam-me
Acompanhando o meu nadar em ti muito sombrio
É por isso e ainda mais que digo: és poema
Mergulhando e deslizando em muito amor, em tanto amar
Emergindo de ti, ah, amor meu, gema
Ah, e a tristeza? Foi-se mamar
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