O trem à minha frente prova.
O trem à minha frente mostra.
O trem à minha frente, me deixa de frente para mim.
E de frente a mim
Meu reflexo
Minha face
"Pare?"
O que eu preciso provar é mínimo
Perto de minha alma.
E o espírito é tão belo
Que não prova nada a ninguém.
Fútil sentir o que fiz
Parada, silenciada, meu tapa
"Pule!"
Se segurando para não se jogar, pois
O que eu perdi seria grande demais
Mas quando você joga para perder
Você perde.
A incerteza não é incógnita
O medo, um fato
A acomodação, ilusória fortaleza
Bater contra a porta
É realidade
Mas não é uma virtude
Tal paciência de esperar
Vagar devagar
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