Me pego olhando para o céu
Absorvendo a luz do luar
Uma luz ilusória, inexistente
Tentando em vão iluminar
Observo as pétalas das rosas
Coloridas pelo sangue
Fadadas ao definhamento
Por possuírem espinhos cortantes
Presencio a passagem do tempo
Contemplando a beleza do início
Ponderando a injustiça do presente
Prevendo um futuro de malefícios
Atravesso o desconhecido
Fecho os olhos para a dor
Dou as costas ao medo
Recupero meu amor
Encaro o universo
Desafio as estrelas
Libero minha coragem
Que se espalha com centelhas
Dominada pela fúria do mar
Sou sufocada, reprimida
Anseio por uma golfada de ar
Mas ela drena minha vida
Sou acolhida pelo inexplorado
Um lugar misterioso, obscuro
Alienada da normalidade
Perambulo entre esses mundos
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