Em todas as escolas existem bastantes alunos aprontando uma bagunça, definindo¬ a si o seu caráter antiético. A pequena e inofensiva bolinha de papel pode significar a elocução para uma guerra generalizada entre os alunos, semelhante aos alemães e russos durante o Stalingrado às margens do rio Volga em 1942. Simplesmente uma folha fina, dobrável e frágil pode se transformar em um grande avião de batalha. Os alunos que praticam essa pequena corrupção, possivelmente, não serão cidadãos de bem, com perspectivas morais e éticas. Acredita-se, apesar das escolas não conseguirem atrair o jovem brasileiro, que aprendizes sejam respeitados na sociedade apesar das infrações cometidas. Mas para que usem de sua consciência e da chance que estão tendo para não serem inúteis futuramente temos Eles, os professores. Em todo lugar ocorrem fatos desagradáveis como esse, mas onde vivo é diferente, ao chegar no campo de batalha sobre a manhã serena, calma e vazia os mestres começam a escrever no quadro. O que dava um sentimento maravilhoso. Afinal de contas é hora de começar a saber mais. A cada movimento que o giz ia passando sobre o quadro negro, desaparecia todos os problemas que nossa juventude insiste em encontrar. O assobiar do giz, que era irritante para alguns, para mim era como um concerto de violino, esvazia a mente, não conseguindo pensar em mais nada.
De imediato começava o conflito. É uma coisa linda e atraente de se ver, voltávamos alguns séculos no mesmo senário e a cada disparo parecia ir em câmera lenta. Podíamos acompanhar vagarosamente com os olhos o alvo sendo atingido, o qual revidava mais que depressa. E ligeiramente interrompido ou pelo momento de alegria onde todos se enfureciam mais, o recreio, ou interrompidos pelos mestres. Todos tinham temor a Eles o que nem sempre significava problemas maiores pois para alguns é como desafiar algo grande. Grande é a tolice dos pequenos. É chegada a hora de ir embora e todos levantavam bandeira de paz e a serenidade se repetia.
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