Qualquer leigo-como eu-pode perceber na cultura brasileira, uma apoteose tremenda ás compensações emocionais; e um horror quase que psicótico á solidão, a castidade, a preservação emocional e subsequentemente ao amor.
Observando por entre convívio pessoal,em leituras, e até mesmo em trechos desse mesmo site, um traço em comum na personalidade e no comportamento de pessoas na faixa etária de 15 a 30 anos, me chamou atenção. Este traço é a necessidade de uma compensação emocional, direta ou indireta:mas sempre imediata.
Este é um traço cultural que reflete a formação moral dos sujeitos. Em outro artigo podemos analisar melhor este fenômeno social. O fato é que: cada um se vira como pode!
Adolescentes por sua vez buscam compensação emocional geralmente com utopias, ideologias escatológicas de mudar o mundo; e os mais modestos apenas colocam suas esperanças numa paixão e/ou no reconhecimento por um grupo de referência.
Adultos de 30 anos, ainda podem esperar a sua compensação pelos mesmo meios dos adolescentes- isto acontece muito no Brasil!-, mas o normal, é depositarem a sua felicidade num bom cargo profissional, numa boa imagem pública, nas posses mais finas e requisitadas, e na indispensável " boa condição de vida"(Hino da classe média).
Não quero me estender em demasiado, por isso vou sintetizar: O brasileiro é carente porque é privado de uma cultura que lhe permita conhecer as mais altas ciências, na medida que conhece a si mesmo. Isto é, o brasileiro tem uma personalidade muito atenuada; é volúvel no sentido que ama hoje, mas despreza amanhã. Como pode amar e conhecer alguém, se não se conhece, nem quer se conhecer, e tampouco se amar?
P.S. Amar é escrever poemas pro amor? Sim; mas é antes ter derramado seu sangue pela pessoa. Lembre-se que amor é antônimo de "melação"; e o maior Amor, morreu pregado numa Cruz.
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