crueldade,
crueldade!
lançaste o amor
no mais profundo
abismo de lodo e breu.
lançaste o amor,
sincero e verdadeiro amor,
para ser debulhado
pelos bicos ferozes
dos abutres da noite
de escuridão.
lançaste o amor,
o mais puro amor,
nas asas da dor
que o levarão ao inferno
que tragueia para sempre
no redemoinho da morte
todos os sentimentos
e vidas que vivi.
lançaste o amor,
o mais belo amor,
no poço do desprezo
e da amargura,
onde só reina
a desesperança
e a morte eterna do sol
que já perdeu o seu brilho...
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