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Ja é noite,
recordo um rosto,
Osculo que zurzia me a boca com açoite,
Mãos leves passando ao ar respirado debaixo do xamalote,
Onde castidade d' alguem larapiei,
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22:01 minuto,
Borboletas esvoaçam meu estômago,
Dizem que é paixão,
Mas eu acho que é saudades,
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A carta que não escrevi,
Amor sigo seu odor
à tatear as sombras do nada,
Dormo sobre cogitação em madrugada assanhada,
E acordo algido nos abraços de junho,
Em manhã gelada,
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Seu eco faz recuo nesses vagalhões,
Onde vagueiam segredos ambiguos,
Lírios verdes,
e almas despedaçadas,
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Já não oiço fadas a cantar,
Nem luzir sabe mais o luar,
Quanto menos amar,
A tua ida apagou á luz,
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Nesta noite escritas,
escrevo saudades do meu amor,
E com a carta que não escrevi,
Desejo te ao lado de mim,
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