A árvore foi poupada.
Casta e pura.
Perdeu suas folhas,
endureceu sua casca,
mas seu interior não perdeu
a ternura e a meiguice
tão próprias de sua
existência de luz.
Seu interior permaneceu intacto,
tão puro e santo como
quando nasceu.
O inverno rigoroso a abalou
para dentro da superfície
de casca e nó.
Apesar de sofrer
todos os acoites
da tempestade,
experimentar mesmo
que por tão pouco tempo
o calor do sol de inverno,
seu frescor, sua juventude de vida,
sua candura
nunca foram tocados,
arranhados
e sempre foram protegidos
por um cuidado especial.
É o bem precioso
que leva para sua
eternidade de luz.
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