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UMA FLOR SEM PÁSSARO É SOCIALISMO SEM MÚSICA
Lailton Araújo



É manhã e chove! Um vento bem suave anuncia a próxima estação... A primavera chegará? Será o período em que as flores - ainda vermelhas - entrarão em desarmonia com algumas espécies de pássaros? O socialismo acabará?

A nova primavera trará boas recordações de outras épocas. Eram divertidas as discussões políticas, regadas a cerveja, cachaça, whisky e conhaque! Existia uma certa preocupação com os rumos da nação brasileira e o mundo. Universitários, doutores, operários, artistas, sacerdotes, donas de casa e grandes pensadores, participavam dos movimentos políticos de condução e reconstrução nacional. Bebia-se o sonho socialista! O tal socialismo era real ou fruto dos porres nas mesas e rodas movidas a álcool? É preciso acordar em plena manhã, abrir olhos e ver que a utopia do passado virou uma tremenda dor de cabeça. O socialismo acabou depois da bebedeira?

Boa parte dos administradores públicos do Brasil - incluem-se os socialistas, capitalistas e com ou sem istas - parecem ser maquiavélicos. Eles varrem os problemas sociais do país para debaixo do tapete. Serão tapetes vermelhos, azuis, verdes ou amarelos? Os camelôs que ainda vendem os CDs e DVDs piratas serão presos? Os apontadores do jogo do bicho serão reprimidos? A meninada que dança o funk carioca será discriminada? Os morros e vielas do acaso serão aplanados para a construção de novos aeroportos, praças, ruas, avenidas, condomínios de luxo, e novos cartões postais das metrópoles tupiniquins? O socialismo acabou nas paisagens capitalistas?

Caminhando e Cantando (lembrando o compositor e cantor Geraldo Vandré) nas ruas da capital paulista no início da semana, vi alguns vendedores ambulantes defendendo alguns trocados. Vendiam churrasquinhos de gato, cachorro-quente e outros produtos que não consigo lembrar. Tomei coragem e conversei com um dos citados ambulantes. Fiquei surpreso! O tal mascate era diplomado na vida... - Não se joga sujeira varrida debaixo de tapete! Falou o sujeito! Ouvimos gritos... Ele correu! O rapa havia chegado. Percebi que a porrada da Guarda Metropolitana de São Paulo machucava a cabeça, o ego e o bolso de qualquer cristão ou ateu, capitalista ou socialista!

Algumas pessoas sobem na vida! Quando chegam ao poder - os que não possuem caráter - vendem o corpo, a alma e a dignidade! São bons atores! Para a população desinformada, são os salvadores da pátria. Será que possuem a inteligência, sensibilidade e competência de um estadista? Boas intenções ou tentativas não saciam a fome, não educam, e não devolvem a dignidade perdida de qualquer ser humano. As populações carentes e não carentes necessitam de benefícios sociais associados à criação de postos de trabalho, de saúde e escolas. A ajuda governamental ou privada, diga-se esmola disfarçada, vicia o cidadão! O socialismo acabou ou é uma necessidade política momentânea? O socialismo acabou sem música?

O Brasil nas futuras primaveras espera soluções reais. Seus cidadãos querem salas amplas, tapetes sem sujeiras por cima ou por baixo, sem maquiagens políticas ou caras de carpetes burgueses! O socialismo acabou ou é uma farsa?


Biografia:
** LAILTON ARAÚJO * Nasceu na cidade de Sertânia, Estado de Pernambuco - Brasil em 1959. É músico, compositor, cantor, ambientalista, pesquisador de ritmos regionais brasileiros, escritor e ex-professor (não formado) do Cursinho Pré-Vestibular Educafro, onde lecionou as disciplinas: biologia e geografia. * Trabalha há 34 anos na área cultural, atuando como empresário de eventos, marketing e diretor fonográfico. É vocalista da Banda Moxotó - de Pernambuco. * Atua ainda como produtor artístico de Anastácia, Banda de Pífanos de Caruaru e Oswaldinho do Acordeon. Realizou quase 1500 eventos. ** CONTATOS * Tel. (11) 9.9200-0987 * São Paulo - SP - Brasil * lailtonaraujo@bol.com.br * lailtonaraujo@yahoo.com.br
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