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Chaos I - A Ilha Maldita (Capítulo I)
A Ilha Maldita
K.W König

Capítulo I

     Agosto do ano 2000, James um rapaz com cerca de 23 anos, alto, cabelo médio, preto e liso, olhos castanhos e de pele branca, acorda em uma ilha aparentemente deserta, tudo do que se lembra, é de que estava em uma embarcação até o inicio de uma horrível e furiosa tempestade e sua ultima visão foi a de um tornado se formando a direita de seu confortável quarto, nada a mais, levantou-se deu sete curtos e lentos passos até que caiu novamente ao solo, seu corpo estava surrado, suas pernas doíam e o seu braço esquerdo estava deslocado, mas, James com sua breve experiência em medicina sabia que não poderia ficar ali por muito tempo, precisava se cuidar, alias, sabe-se lá quanto tempo ficou ali, desacordado a mercê da sorte, novamente juntou forças, ergueu-se e escorando nas palmeiras a beira da praia foi caminhando lentamente, por sorte ou por mando do destino achou ali perto, uma caverna, ao lado um pequeno riacho que corria até o mar agitado, e por sorte o riacho continha uma água cristalina, seria assim um bom abrigo, a situação não lhe dava muita escolha.
     Cansado, ficou de joelhos ao lado do pequeno riacho, provou da água, que apesar de um pouco salobra era potável, mais claro, tem seus riscos, porém nada ele poderia fazer estava ali sem nada, sem ninguém e teria que contar com o que o destino preparasse para ele, seja bom ou ruim, após três longos goles, sua cede que até o momento era imensa, cessará e com calma se sentou para descansar, quanto ao braço, ele sabia o que tinha que ser feito, mordeu o que restava de sua camisa, que estava salgada pela água do mar, com a mão direita forçou o ombro para frente, era perceptível que o sofrimento era imenso, tamanha era a dor, que qualquer um que olha se em seus olhos, sentiria pena, desmaiou mais uma vez então.
     Depois de algumas horas, acordou, porém agora dentro da caverna, uma fogueira estava lá, acessa, queimando e exalando um forte calor, assustado James logo se levantou agora, melhor, em pouco tempo ocorreu uma melhora inacreditável, a agilidade havia retornado e suas pernas estavam firmes como pilastras do velho olimpo, o braço ainda doía mais essa era a menor de suas preocupações, a única coisa que importava naquele momento é que ele não estava sozinho, e agora, sabia que ali, tinha mais alguém, foi logo para fora da pequena caverna, e soltou um grito rouco, ainda assustado:
     - Alguém ai?
     A única resposta foi o eco de sua própria pergunta, já era noite e o melhor a se fazer era voltar para a caverna e esperar que a pessoa que o havia ajudado retornasse, assim, acordado diante a fogueira para se manter aquecido, olhava fixamente para o lado de fora e escutava o barulho do mar, James não parava de pensar sobre o que estava acontecendo e de repente viu um vulto vermelho passar pelo lado de fora, deu um salto, foi logo até a saída da caverna e não tinha nada, pensou então ser fruto de sua imaginação, mas olhando o horizonte obscuro, viu dois pequenos pontos vermelhos que pareciam olhos a observa-lo, seu corpo, estremeceu e o medo o fez desviar o olhar e se retirar para perto da fogueira, a curiosidade o instigava a ir olhar novamente, mais o medo do desconhecido o mantinha encolhido próximo a fogueira, ainda de olhos fixos na parte exterior, agora mais atento que alguns minutos atrás, mais logo caiu em um sono profundo e um sonho estranho veio até ele, no sonho varias vozes o questionavam:
     - Quem é você? O que faz aqui? Você é um humano? Há muito tempo não vejo um! Sua carne deve ser saborosa! Sua alma também! Você viu olhos vermelhos?...
     E uma risada maligna surgiu ensurdecedora, fazendo com que James acordasse aliviado por ser um sonho as vozes o deixaram extremamente nervoso e assustado, então permaneceu ali sentado, esperando que o dia chegasse e esperando a volta de quem o ajudou.


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