Vejo corações e mentes a viver da guerra,
em torpes ambições a trucidar os sonhos.
Vejo seres maníacos em autodestruição,
opressão e a fadiga dos combatentes.
Em meio aos sussurros, ouço os gritos
de gente esmagada pela insana guerra.
Mães a chorar os seus filhos inertes,
e gemidos de inocentes caídos ao chão.
Sofrimento sem par dos moribundos,
e desilusões banhadas com esperança.
Fome de amor e de paz no pós-guerra,
e lágrimas vertidas por silentes almas.
Poucos ouvem o canto dos pássaros,
só marcham ao som de seus tambores.
Poucos são os que veem o Céu azul,
engasgam-se na fumaça que produzem.
Tem orvalho na janela e no meu jardim,
mas, logo ali, a barbárie e os estilhaços.
Geme o bom, o belo, o simples e o natural.
E a paz, como brisa leve, imediatamente se vai.
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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