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Aos 25
Paulo César da Silveira Santos

Resumo:
E quando o tempo passa sem percebermos?

Aos 25

     Aos 25 anos de idade a sua cabeça está um emaranhado de perguntas sem respostas, incertezas que tiram seu sono. Percebe que, ao seu lado não tem mais aquela quantidade de supostos amigos que você tinha há alguns anos. Que a saudade de algumas pessoas e fases da vida que já não voltam mais cresce a cada minuto. Os erros já não são tão frequentes, mas ao mesmo tempo se perpetuam em decorrência de tanta decepção. É uma fase de construção e separação de meninos e homens de verdade, separa-se o hoje do que se vai ser amanhã. Vemos que perdemos a oportunidade de sermos felizes com coisas que pareciam tão banais e fúteis, e que daríamos tudo para viver outra vez. Queremos que o tempo volte e que passe rápido ao mesmo tempo, para que cada sonho que foi desejado se realize logo. Dinheiro? Já não se tem muito, e cada centavo faz uma falta danada. O tempo? Às vezes, é usado como desculpa para não está tão perto de quem se ama, ou, deixar de fazer o que rotineiramente se fazia quando era mais novo como, por exemplo, ficar sem fazer nada. Ou pegar o celular para jogar conversa fora com uma pessoa que você nunca viu antes, mas que te faz bem pelas palavras que você gosta de ouvir. Os vinte e tantos nos trazem muito mais do que simples confusões na cabeça, ou incertezas de como vai ser o amanhã. Pois, daqui a pouco nossa juventude escapa por entre os nossos dedos, e vamos nos perguntar: O que eu vivemos? Traz o aprendizado de que tudo passa, de que todos se vão, e muitas vezes sem se despedir. A gente vai vivendo e vendo que não é tão simples como a gente achava que iria ser quando era criança. Aliás, já parou para pensar que muitas vezes nos perguntaram quando éramos criança? O que você vai ser quando crescer? Parou para pensar que nem lembramos mais da resposta? Que àquele sonho de ser super - herói se transformou no desejo desenfreado de simplesmente ser você mesmo? Deixamos de nos preocupar com o que as pessoas pensam ao nosso respeito, porque, na verdade já temos a certeza de que podemos ser melhores do que muitos falam. Acordamos de manhã e não queremos levantar da cama, porque sabemos que há muito a se resolver e correr atrás. Que o abraço do pai e da mãe faz uma falta enorme, que as broncas deixaram de ser a sua maior escola. Que a voz daqueles que te amam, já não gritam tão alto. E sim, sussurram uma palavra de carinho bem baixinho que você precisa se aproximar bastante para ouvir, pois o tempo também passou para elas e você nem se deu conta. Aos 25 anos, nós não temos tanta certeza que tudo deu certo até ali. O choro não vem mais tão facilmente, e os sorrisos precisam ser provocados com mais dificuldade. Temos vontade de parar no meio do caminho, mas lembramos de que, aqueles poucos que estão ao nosso lado seguram em nossa mão e nos levam até aonde eles podem nos carregar. Pedimos que o sol dê lugar a uma manhã fria, para que possamos ficar trancados em baixo de um cobertor pensando no que deu errado. Solidão? Pense nela como um presente que te faz forte a cada queda ou decepção. Enfim, aos 25 anos de idade, nós temos a oportunidade de consertar as coisas e nos preparar para os próximos 25. Os rancores são deixados para trás, levamos as marcas cicatrizadas para não nos esquecermos do que doeu e nos fez crescer. E aqueles que nos deixaram por abandono, ou por não nos suportarem? Mostre-os que o tempo pode ser tanto cruel, como pode nos fazer tão bem e nos transformar em pessoas maravilhosas. Aos 25 anos de idade a vida nos mostra o quanto somos vulneráveis e passageiros dela. Que daqui a pouco, em um piscar de olhos estarei escrevendo coias que se passaram até os meus 30, 40 ou 50 anos.
     Não deixe de viver, de abraçar, pois amanhã vai ver que o tempo passou tão rápido que não deu tempo de falar eu te amo para quem você mais amou.


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