Para muitos o futuro é a maior de todas as incógnitas. Nada pode explicar o que será do amanhã. A única certeza que se tem é o que já se passou e o instante presente. Vive-se o dia a dia na expectativa de construir-se o momento seguinte, mesmo se sabendo que um grande mistério explora as cavernas de nossas consciências.
O tempo é inexorável... Trata-se de algo imutável e que não se apieda dos seres viventes, sejam racionais ou irracionais; jovens, adultos ou velhos... Pouco importa! Melhor, talvez, tirar
do pretérito a inspiração para a vida de agora e não esquecer o futuro, porém tratá-lo como se deve: sem as incômodas preocupações que arrastam os humanos a manter guardadas determinadas conveniências. Busque-se pôr em prática a velha máxima que aconselha: “Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”. Esta deve ser a realidade de encarar-se as horas...
Observam-se bastantes pessoas vivendo exclusivamente o instante do já, pois o que se passou é lição e o que
virá...extensão! Os bons exemplos merecem ser reprisados nas atitudes que engrandeçam o caráter e a personalidade; já os exemplos que trazem a má informação e a imagem do que é degradante, esse sim, tem de ser esquecido, dilacerado da memória, visto que empurra a maldade a ser redirecionada pelas mentes menos esclarecidas. Em todos os momentos há tentações, tanto para as boas ações como para denegrir a face do indivíduo, é preciso apenas saber colocar-se perante o que se vê, perante o que está diante dos olhos.
A vida é a maior e a mais bela de todas as experiências. São muitos os que afirmam que os fins justificam os meios. Outros colocam que é o meio ambiente que torna a criatura boa ou má... Sem apego às digressões religiosas, o que assaz se observa é que a existência apresenta um verdadeiro arsenal de exemplificações que ajudam no direcionamento da
sobrevivência: toda causa gera um efeito... Assim, o que se planta hoje, colhe-se amanhã. É inconcebível que, mediante tantas amostras de comportamento, tenha o ente humano ainda características inadequadas ao que é bom e salutar. Verdade que se vive rodeado de más intenções, ambições, orgulhos, egoísmos e outras manifestações da personalidade doentia, contudo as lições jamais deixarão de existir, estão todas à disposição de quem queira ser prudente e feliz...
Portanto, breve é a conclusão do que se viu até agora: o aconselhamento é desligar-se do tempo, permitir-se viver de acordo com o presente e esperar que o futuro chegue maduro, inspirado no que se pôde retirar de proveitoso do passado e o que se devota no presente. Certamente, agindo e pensando dentro destes parâmetros, o indivíduo tem a consciência do dever cumprido. Se será feliz ou triste, isso é o produto de como observou os ensinamentos e os pôs em prática, não se esquecendo em qualquer que seja a etapa da vida: toda causa gera efeitos e são esses que mostrarão como foi, como é e como será a essência do viver.



DE Ivan de Oliveira Melo

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