Durante 120 minutos estive perto de alguém que sempre está longe. Esses minutos, essas 2 horas preciosas, foram para mim motivo de felicidade e tortura, se bem que tortura se mostra uma palavra mais verdadeira neste caso.
A pessoa na qual desmoronei em cima todos os meus sentimentos, estaria ali, depois de ter todos eles ignorado. Estaria ali, como se nada tivesse acontecido.
Durante 2 horas que passaram tão rápidas como se fossem 2 minutos, engoli milhares de palavras e das milhares que planejei não disse 1%.
Tempo esse, curto, mas que causou grande tristeza.
Tive que sorrir de forma que não parecesse tão empolgado, controlar os intervalos entre os risos para não parecer bobo, fingir que estava bem para demonstrar personalidade, olhar nos olhos para parecer interessado.
2 horas de um violento teatro, que eu já sabia… não haveriam aplausos no final.
Depois que passou eu me perguntei…
“Qual o motivo de não dar certo”?
“O que faço de errado”?
“Era melhor ter ficado em casa”?
E então vou embora, tento fingir que estou bem dizendo a mim mesmo:
“Eu não preciso dela”
“Tenho amor próprio”
“Vou distrair a mente e logo vou esquece-la”
Como sou ignorante.
Ela não segue os padrões, as coisas com ela não funcionam como seriam com as outras pessoas.
Ela não está na classe daquelas que se esquecem .
Nem na classe daquelas que se ignoram.
Ela desperta amor toda vez que sorri.
E se eu já não sabia o que fazer naquelas 2 horas.
Sei menos ainda agora que elas já se foram.
E me sinto ainda um masoquista, pois tudo que eu consigo desejar agora...
São mais 2 horas.
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