Esse tema carregado de preconceitos e ideologias ultrapassadas não tem a devida atenção quando se propõe discutir acerca da sua regulamentação, qualquer pessoa que busca ou procura discutir esse assunto diante de argumentos atuais e válidos, recebe o título por parte da sociedade de “maconheiro” ou “ser” responsável por fazer apologia e propagar o uso da droga. Acontece ainda por parte das autoridades responsáveis pelas mudanças legais o fundamentalismo exagerado seja baseado na religião ou no tradicionalismo social, fato é, que não buscar uma solução para esse grave problema social atrasa em âmbito social uma mudança necessária seja na visão do sistema existente para combate às drogas no Brasil, seja por tratar esse problema social como aspecto criminal, essa política conhecida por todos nós nunca prosperou, e já nasceu fracassada. Não existe mais a argumentação de que somente com a força estatal através das polícias e da propagação da violência e da guerra vamos superar o tráfico e o consumo de maconha no Brasil e no mundo, o sistema faliu, e é preciso coragem para discutir novos caminhos, propor mudanças, optar por novas escolhas, pensar, criar, dialogar o quanto for necessário para encontrar uma solução aceitável e atual para esse problema, a guerra contra as drogas não é mais problema de segurança pública, é um problema mais complexo, de sistemas, de sociedade de um modo geral, deve-se quebrar o tabu, deixar de lado o preconceito existente e aceitar que é parte fundamental da mudança social a mudança do sistema.
Portanto, se existe por parte da sociedade a intenção em melhorar a vida social de maneira ampla e clara deve-se deixar os tabus no passado, as convicções religiosas dentro da igreja, e propor mudanças, discutir afundo o que é a maconha, por que ela foi proibida, qual a necessidade real que a sociedade atual precisa para melhorar esse aspecto, as pesquisas científicas estão cada vez mais claras, a proibição da maconha não existe fundamentação médica, e sim, cultural, uma guerra que começou com suas raízes fundamentas no preconceito, nada mais que isso. Esse texto é simples e não tem o objetivo de convencer você leitor que a maconha faz bem, o que se busca é a discussão a ideia da mudança, de abrir os olhos, procurar saber o sentido das coisas, tirar o cabresto e procurar saber por que e o sentido das atitudes tomadas para o futuro da humanidade. Não se visa com a proibição da maconha tutelar a saúde pública, se fosse assim, álcool e tabaco seriam proibidos, a proibição é política, e no atual sistema somente os políticos e traficantes estão satisfeitos com os rumos que a nossa sociedade tomou.
|