Estava eu em um lugar desconhecido, avistando recantos imagináveis, o brilho das estrelas confundiam-se com o brilho do meu olhar, a lua possuía um formato que decifrava esperança, me levando para outro universo, como em sonho de criança.
Em fração de segundos eu havia me transportado para outro lugar, e agora o sol na janela, avisava que mais um dia estava a minha frente. Mas e eu havia dormido? Seria um sonho? Belisquei meu braço, e confesso que senti dor. Surreal, essa palavra definia tudo. Corro depressa a porta, e vejo na rua muitas pessoas sentadas sobre os bancos da praça, algumas até nas calçadas de suas casas. Eu via apenas duas semelhanças. Todas estavam lendo, e tomando café.
Minha mente estava confusa, belisquei-me novamente, senti dor. Fiz o que eu mais desejava, busquei meu livro, e comecei a ler no segundo degrau da casa em que eu me encontrava. Será que era um projeto que haviam feito nessa cidade tão sinistra, mas tão adorável? Eu via a cena mais fantástica da minha vida.
Depois que as pessoas pouco a pouco iam para seu trabalho. Passei o tempo observando vitrines e variados estilos das casas que presenciei. Quase 17 horas, as pessoas começavam a se deslocar novamente até praça. E a cena se repetia. Crianças, jovem, adultos, idosos, todo com um livro e uma xícara de café.Depois de meia hora, alguns indivíduos pegam seus instrumentos e começam a tocar músicas que me fazia sentir uma paz intensa. Essa era verdadeira utopia. Quando olhei para o céu vi apenas uma estrela e dentro dela, apenas li a palavra: FIM
Não havia nada mais a fazer, a não ser fechar o livro.
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