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ANÁLISE ARGUMENTATIVA
TEORIAS PÓS-CRÍTICAS E CURRÍCULO
Willian Faria

Resumo:
Síntese: Esta análise argumentativa consiste no estudo sobre as teorias pós-críticas de autoria de Shirley Cristina Lacerda Malta que focaliza o currículo para compreender o seu significado, fazendo uma análise da realidade de nossa escola para compreender o déficit profissional em perceber o seu papel político-social. Malta afirma que na teoria pós crítica o currículo é uma questão de identidade e poder e esta irremediavelmente envolvida no processo de formação pelos quais nós nos tornamos o que somos. O texto aborda ainda multiculturalismo, as perspectivas liberal e crítica, questões raciais e étnicas, o pós estruturalismo e pós colonial e desigualdades sociais, sexo e gênero.

1 . INTRODUÇÃO


O que são teorias pós-críticas, multiculturalismo e currículo? Estas foram as questões levantadas inicialmente para a realização do texto argumentativo, levando em conta do texto de Shirley Cristina Lacerda Malta, autora da abordagem sobre currículo e teoria afins visando a compreensão e mudança. Tomando como base o texto da autora e o artigo acadêmico de Calixto (2013) entre outras referências argumentaremos as teorias críticas aqui apresentada.

2. ANÁLISE ARGUMENTATIVA - UMA ABORDAGEM SOBRE CURRÍCULO E TEORIAS
        Segundo Alice Casimiro Lopes, do programa de pós-graduação em educação da Universidade do Rio de Janeiro as teorias pós críticas já circulam em língua portuguesa desde os anos de 1990, mas apenas nos meados dos anos 2000 se tornaram dominantes fazendo parte das referências, inclusive daquelas que não estavam de acordo com seu pressuposto. Através das teorias pós-críticas podemos analisar o currículo multiculturalista que defende a necessidade de se ir além das atitudes de tolerância entre diferentes culturas num mesmo território ou nação. Para os defensores do multiculturalismo, as diferenças entre culturas que habitam um mesmo estado devem ser respeitadas e encorajadas, para que possa haver uma coexistência harmoniosa. A ideia de multiculturalismo está associada a outros fenômenos contemporâneos como o pós-modernismo e o relativismo cultural. Não há, no entanto, um consenso entre os pensadores desse tema sobre a sua definição.          São basicamente dois os conceitos mais utilizados de multiculturalismo: um diz que todas as culturas dentro de uma mesma nação têm o direito de existir mesmo que não haja um fio condutor que as una; outro conceito define multiculturalismo como uma diversidade cultural coexistindo dentro de uma nação em que há um elo cultural comum que mantenha a sociedade unida. Malta (2013) destaca duas perspectivas de multiculturalismo: a liberal e a mais crítica. O Multiculturalismo liberal defendendo que os diferentes devem ser integrados como iguais na sociedade dominante, a cidadania deve ser universal e igualitária, mas no domínio privado os diferentes podem adotar suas práticas culturais específicas, e o Multiculturalismo crítico que questiona a origem das diferenças, criticando a exclusão social, a exclusão política, as formas de privilégio e de hierarquia existentes nas sociedades contemporâneas. Apóia os movimentos de resistência e de rebelião dos dominados. “O multiculturalismo propõe que se ouça a pluralidade de vozes que compõem um país multi-étnico, para poder entender sua cultura de modo não estereotipado e para que se faça da diversidade uma forma de ampliar o conhecimento da espécie humana, não só do ponto de vista biológico, mas ricamente diversificado do ponto de vista cultural. (LIMA, S. M. C, 2000, p. 15). Neste contexto adentramos as questões raciais e étnicas que não podem ser consideradas multiculturais apenas pelas informações sobre outras culturas, e sim como questões históricas e políticas, valorizando igualmente todos os grupos, devendo desmistificar as histórias afirmadas pelos grupos dominantes em uma perspectiva pós-estruturalista e questionar não o que é considerado verdade no contexto histórico e sim por que determinado fato se tornou crível.
        A teoria pós-colonial ao contrário dos antigos movimentos de emancipação não se pauta por um nacionalismo, ela busca a construção de uma real internacionalização (Do conhecimento, da política, da cidadania que quebre hegemonias e imperialismos. Juntamente com o movimento feminista e com o movimento negro ela procurou incluir as formas de grupos sociais descriminados pelas culturas colonizadoras.

3. UMA ANÁLISE ENTRE TEORIA E PRÁTICA

Diante das teorias apresentadas percebemos que o currículo tem um papel importante para organização pedagógica e que ele não é imparcial. Observando o currículo podemos perceber que ele é imprescindível para a organização pedagógica. Sem querer encontrar um conceito e mesmo tentando dissociá-lo acabamos conceitualizando-o, pois ele possui papel social, político e ideológico. É através dele que a escola gere suas funções para que seus elementos reflitam seus objetivos e promovam mudanças. Segundo Calixto (2013) uma pesquisa realizada evidenciou o quanto é importante um estudo aprofundado sobre os procedimentos teóricos e metodológicos da pedagogia. Um ecletismo de tendências pedagógicas, ou seja, nas escolas contemporâneas, educadores neoliberais adeptos teoricamente da Pedagogia Histórico-Crítica, professores que em seus discursos são históricos críticos, mas em suas práticas são tradicionais, escolanovistas e tecnicistas, e que graças a esses discursos dissociados de suas práticas agem contrariamente à implementação dessa proposta.     

REFERÊNCIAS

MALTA, S.C.L Uma abordagem sobre currículo e teorias afins visando á compreensão e mudança. Espaço do Currículo, 2013.
     
_________. GIMENO SACRISTÁN, J. (2000) O Currículo: Uma reflexão sobre a prática. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed

LIMA, S. M. C. Multiculturalismo e Identidade: O papel dos meios de Comunicação e da Escola. 2000. (Debate/Mesa Redonda).
_________. HABERMAS, Jurgen. Para a reconstrução do materialismo histórico. São Paulo, Brasiliense, 1983.

_________. HALL, Stuart. Da diáspora – identidades e mediações culturais. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2003.

_________. TAYLOR, Charles. El multiculturalismo y la politica del reconocimiento. Mexico, Fondo de Cultura Econômica, 1994.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

CALIXTO, J.E (2013). PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: UMA OBSERVAÇÃO SOBRE A AÇÃO DIDÁTICA DE UMA PROFESSORA ATUANTE NA FORMAÇÃO DOCENTE DE NOVA LONDRINA Artigo elaborado para o Curso de Especialização Interdisciplinar em Ciências Sociais e Humanidades (CEICH), da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR).


Biografia:
Willian de souza Faria nasceu dia 12/04/1985 na cidade de Jaú no estado de São Paulo. Criador do extinto jornal eletrônico www.destaknovalondrina.com.br no ano de 2010 teve seu trabalho em ascensão com um estilo polêmico e único. Participante da elaboração da Revista Guia, criação de Dorival Nascimento. Em 2013, Willian Faria prestou serviço como assessor de imprensa da Casa de Apoio Vale do Ivaí, empresa que atua no setor da saúde na capital do estado do Paraná. Em Curitiba o trabalho ocupou período integral de sua carreira, onde aprendeu a trabalhar com assistencialismo. No ano de 2014 atuou como assessor do Deputado Federal Zeca Dirceu (PT). Atualmente é graduando no 2.º ano de Pedagogia pelo CESPRI/SP, assessor de comunicação social da Prefeitura de Marilena (PR), Consultor de mídia do vice-prefeito de Nova Londrina, Otávio Henrique Grendene Bono e jornalista responsável do abc paraná.
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