A noite segue de mãos dadas com a solidão,
escura, soturna.
Em becos estreitos o silêncio me espia como se fosse me devorar.
Tudo é frio. E do asfalto molhado pela garoa fina, reflete a lua como em um espelho.
Distante escuto uivos, miados fracos... tosse de um andarilho qualquer...
Não estou só.
O cheiro da rua se mistura com o gosto do medo, e o frio na espinha me entorpece aos poucos...
Rápido acendo um cigarro. Ele aquece um pouco minhas ideias. Brinco com a fumaça...
É assim todas as noites...
Ela me camufla mas não passo despercebido pela tristeza que a envolve.
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