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Viajem á lua
Monólogo
Jorge Bosco Coutinho Miranda

Resumo:
Um jovem sonha que viajá á lua e lá tenta entender o sentido de sonho e realidade.

VIAJEM Á LUA.
            

Zé- E num sono profundo foi que me deparei com a mais incrível viajem da minha vida, um efeito colorido sobre minhas visões, fui caindo numa teia de cores que pareciam muito com um arco-íris, pude sentir o cheiro do frio que me acompanhava durante minha queda no profundo sono da noite de inverno. Minha mente parecia voar como um foguete, já podia ver o meu tão querido planeta lá em baixo, azul, lindo como aquelas imagens que vemos na tv, meu corpo era levado pela brisa suave, não sabia pra onde estava indo, e cada vez mais era puxado contra a gravidade terrestre.
Agora meu corpo caia suave num lugar empoeirado, de cara vi duas montanhas, muito maiores do que aquelas que vemos na terra, estava perto de um lago com um liquido muito estranho, era esverdeado e tinha ao seu redor uma espécie de planta azul clara, fui tentado a me aproximar da tal vegetação, no momento em que minhas mãos deslizavam sobre a planta, senti uma fome como nunca sentira antes na vida, coloquei a vegetação na boca e vi tudo girar, sentir uma felicidade instantânea e uma euforia gigantesca, sai correndo por meio daquele vale pedregoso e quando dobrei num caminho para esquerda algo me puxou e saiu me arrastando, quando pude ver o que era que me deslocava me assustei, era uma espécie de macaco com assas escuras enormes, quando me pôs no chão ele se virou pra mim e disse:
-Estás perdido humano- eu respondi que não sabia realmente se aquilo era um sonho, por que estava sentindo tudo como se fosse real.O animal estranho me disse que tudo é real, mas tudo também é sonho e levantou voou me deixando naquele lugar. Andei um pouco até ver um coelho marrom com uma coroa, ele se aproximou de mim e disse que eu era bem vindo ao local e que ele era rei de tudo, e se eu precisasse de alguma coisa ele iria me conceder, segurou na minha mão e me levou até sua casa e eu gentilmente o seguir. Chegando em sua casa vi três garotas lindíssimas na entrada, ele olhou pra mim e disse que ela eram suas filhas, as garotas pareciam que eram humanas exceto pelas orelhas pontudas e e os dedos das mãos que eram um tanto grande para o que conhecemos aqui na terra, digo aqui na terra por que tinha certeza que não estava no meu planeta adorável, mas elas eram lindas, brancas como a neve, olhos verdes e um cabelo liso que nunca havia visto em nenhuma outra garota. sentei-me a mesa e logo fui servido pelas filhas do seu coelho, se ele era de fato rei do tal lugar, então elas eram princesas e quem sabe eu não poderia me candidatar a príncipe. Quando a escuridão tomou conta do lugar elas me levaram para fora da casa e cada uma me deu um beijo sem nada a falar, fecharam a porta e apontaram para o oeste, eu seguir em frente com a cabeça sem intender aquela tal ação, era uma despedida muito diferente das quais costumo receber, segui para o leste como apontado pelas garotas passei por um campo cheio de pedras e por pedaços de peças de algo que conhecia muito bem, também vi de longe a tal bandeira famosa dos Estados Unidos, ai tive a certeza que estava viajando na lua, der repente ouvir barulhos e me deparei com dois homens altíssimos, eles olharam pra mim e me deram as boas vindas, e me perguntaram o que eu estava procurando, eu sem saber responder disse que estava sonhando e eu não sabia se aquilo era real, eles me disseram que eu estava confuso e ainda não tinha intendido o conceito de real e sonho e por isso estava lá.
Meu entendimento sobre realidade e sonho era muito claro, sempre foi, algo me diz que aquilo era loucura, talvez sim, estava louco só podia, os dois homens sumiram e antes me disseram pra continuar andando. fiz o que pediram e por alguns instantes atravessei aquele deserto frio , já pensava loucamente na minha cama mas também pensava nas filhas do coelho elas eram lindas, parei para descansar, deitei-me ao chão empoeirado a espera de poder dormir e acordar no meu tão tranquilo quarto, aquele sonho já não fazia sentido mais, aquelas personagens não faziam sentindo também. Por um momento sentir algo me cutucando, mas era verdade, um chifre me cutucava pelas costas, nossa nem acreditei, era um unicórnio, um unicórnio lindo, ele olhou para mim e perguntou se eu precisava de ajuda, eu falei que precisava ir embora pois nada fazia sentido para mim, então ele me disse que era pra eu montar e que iria me apresentar um mundo diferente, eu concordei e montei no lindo unicórnio e ele levantou voou, sobrevoamos numa cachoeira que caia uma agua verde clara lindíssima, um campo com nuvens vermelhadas e uma floresta com arvores que tinham uma rica vegetação, nunca na minha cabeça eu havia pensado que a lua poderia ser assim, o unicórnio subiu mais ainda , e quanto mais eu me distanciava da lua a saudade aumentava, a saudade das minhas princesas filhas do coelho, vontade de mais uma vez comer aquela vegetação estranha da beira do lago, da boa acolhida do homens gigantes, percebi que o unicórnio já não estava mias comigo, eu estava sendo puxado de volta para a terra, o mesmo processo de saída era o de entrada, o efeito sobre meu corpo agora acontecia ao contrario.

Acordei no meu quarto, sentei-me na cama passei as mãos sobre meu rosto e vi que realmente tudo tinha sido um sonho. Levantei e ai notei algo que me deixou perplexo. Meus pés estavam sujos de poeira, poeira lunar.


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