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Chamados para a Santificação
Calvino

Chamados para a Santificação e Não para a Imundíicia -Comentário de I Tessalonicenses 4.6,7
Por João Calvino

“6. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.
7. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.”

“Ninguém oprima”. Aqui temos outra exortação, que flui, como uma torrente, da doutrina da santificação. “Deus”, diz Paulo, “tem em vista santificar-nos, para que ninguém prejudique a seu irmão”. Quanto à relação que Crisóstomo estabelece entre esta declaração e a precedente, e a explicação de “huperbainein kai pleonektein” como significando: “relinchando à mulher do seu próximo” (Jer 5:8), e desejando-a avidamente, é uma exposição forçada demais. Paulo, portanto, tendo exemplificado um caso de impureza com respeito à lascívia e paixão, ensina que esta também é uma área da santidade – que nos conduzamos reta e inocentemente para com o nosso próximo. O verbo anterior se refere a opressões violentas – onde o homem que tem mais força indulge a si mesmo para infligir injúria. O último inclui todos os desejos imoderados e injustos. Porém, como os homens, na sua maioria, são indulgentes com a paixão e a avareza, ele os faz lembrar do que havia ensinado antes – que Deus seria vingador de todas estas coisas. Contudo, devemos observar o que ele diz: solenemente testificamos; pois tal é a morosidade dos homens que, a menos que sejam golpeados até a medula, não são tocados por nenhuma apreensão do juízo de Deus.
“Porque não nos chamou Deus”. Isto parece ser do mesmo sentimento que o precedente “a vontade de Deus é a nossa santificação”. Contudo, há uma pequena diferença entre ambos. Após ter discursado quanto à correção dos vícios da carne, ele prova, a partir da finalidade do nosso chamado, que Deus deseja isto. Pois ele nos separa para si como sua possessão peculiar. Ainda, que Deus ao nos chamar à santidade, ele nos resgata, e nos chama de volta para sai, a partir da impureza. A partir disto, ele conclui que todos os que rejeitam esta doutrina rejeitam não os homens, mas a Deus, o Autor deste chamado, que é totalmente rejeitado tão logo este princípio quanto à novidade de vida seja subvertido. Ora, a razão pela qual ele se levanta tão veementemente é porque sempre existem pessoas libertinas que, embora destemidamente desprezem a Deus, tratam com ridículo todas as ameaças do seu juízo, e ao mesmo tempo têm em menosprezo todas as injunções quanto a uma vida santa e piedosa. Tais pessoas não devem ser ensinadas, mas devem ser golpeadas com duras repreensões, como pelo golpe de um martelo.

(Nota do Pr Silvio Dutra: Tomemos por assentado, que nesta dispensação da graça, que tem durado desde a morte e ressurreição de Jesus, que a nenhuma pessoa, e a nenhuma instituição tem sido dado por Deus, que em nome da religião, se faça acepção, ou injúria, maldição ou condenação de quem quer que seja, e muito menos que se use de violência seja ela moral ou física em nome de se defender a santidade e justiça de Deus. Ao contrário é ordenado aos que amam e conhecem a Deus em espírito, que amem a todos, inclusive a seus inimigos, e que perdoem e bendigam os que lhes amaldiçoam, injuriam ou perseguem.
Quando encontramos em comentários bíblicos o terrível destino que está reservado àqueles que se opuserem a Deus até o final de suas vidas, como vemos por exemplo não apenas nos comentários de Calvino, mas nos de todos aqueles que são fiéis à pregação e ensino da verdade revelada nas Escrituras, o que se tem em foco não é uma ameaça ou um aborrecimento declarado da parte de homens, senão um alerta misericordioso da parte do próprio Deus, que é quem o afirma, pela boca dos seus ministros o que há de suceder no dia do juízo final, de modo que pelo arrependimento, possam se converter e serem livrados da condenação.)

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