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Seculos Atrás, durante a Guerra das Nascentes, havia um Grande Orc, chamado A'gor, que usava um machado de guerra simples, de aço comum, eu me lembro que passei muito tempo acompanhando seus passos, ve-lo lutar foi uma das coisas mais empolgantes que presenciei nessa minha vida infinita. Certo dia ele e seus soldados estavam acampados, em território inimigo, humanos. Ja era fim de noite quando os sentinelas soaram os alarmes, os humanos estavam atacando-os. Os Orcs mal tiveram tempo de pegar suas armas quem dirá as armaduras. Os soldados dos homens vinham montados em seus cavalos, avançado pelo acampamento, gritando e cortando tudo que via pela frente, a maioria dos orcs começaram a correr em desespero, ate que o Grande Orc A'gor deu seu Rugido de guerra. Foi um urro assustador, por alguns segundos todos pararam, como estivessem congelados, o medo era palpável nos homens, os cavaleiros que não paralisaram batiam frenética em sua montaria, tentando retomar o ataque, mas o esforço era inútil,
cavalos relinchavam e empinavam desistindo da luta. Preferiam apanhar do cavaleiro do que chegar perto da fonte daquele som.
O Grande Orc, com seu machado, aproveitou o momento para contra atacar, estava sem nenhuma armadura, somente com um pano negro em volta da cintura, deu mais um urro, dessa vez menos intenso, e começou sua corrida em direção aos homens.
Nesse exato momento eu senti uma vontade enorme de gritar, levantar minha espada, e correr ao lado daquele Bravo Orc, em direção aos meu inimigos e não me importavam quantos eram ou oque fosse, eu lutaria ao lado desse grandioso guerreiro ate meu ultimo fôlego. Talvez eu tenha, realmente gritado , a empolgação, foi muito mais forte do que eu.
Os outros Orcs, com a moral restaurada, o seguiam. Passado o choque, cavalos e cavaleiros voltavam a si e retomaram a investida. Passos acelerados de um lado, trote rápido do outro, armas em punho e gritos dos dois lados.
Nos últimos segundos para o choque, houve mais outros urros apavorantes, dessa vez vinham de vários orcs. Alguns cavalos hesitaram, esbarrando-se no cavalo ao lado, tirando o equilíbrio e a concentração dos cavaleiros que resistiram, causando uma grande confusão nas fileiras dos homens.
No primeiro choque, A'gor fora atingido por uma lança, que errou por pouco sua cabeça, perfurando seu ombro, já o dono da lança pagou com a vida a sua falta de perícia. Cavalo e cavaleiro foram cortados como folha, pelo machado de guerra, o golpe foi tão violento, que o, que restou do soldado, caiu à mais de quinze metros de distância. Um cavaleiro já estava o cercando pela lateral, estava com o braço erguido com a espada, pronta pra decepar o Orc . Não teve tempo nem de gritar, o machado que subiu cortando o primeiro, desceu cortando o segundo, um pouco abaixo da axila, ate o meio do tronco, não sobrou nada alem de um buraco, nem armadura , nem cota de malha, nem carne, nem osso, somente sangue eu um berro de desespero do pobre rapaz, que foi atirado ao chão, pela violência do golpe e seu cavalo caiu sobre ele, quase ao mesmo tempo, sem cabeça, o afogando em sangue.
A'gor não parava de avançar cada investida dele era um grito de agonia, que se juntava ao coro, cada vez que ele acertava um soldado ele ficava mais selvagem, mais forte, seu machado ficara pegajoso, encharcado de sangue, de ponta a ponta, a lamina entortara de tanto aço, que rasgava e esmagava, todo o seu corpo estava tingido de vermelho, com machas negras do seu próprio sangue, a cada corte que sofria, sua fúria só aumentava.
O sol começava sua penosa subida, e já não tinha mais combate nenhum. O Grande Orc e seus guerreiros foram tão selvagens que os humanos quebraram, e fugiram pela floresta. Antes mesmo de perder metade de seus homens, já gritavam "retirada".
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