Querido,
Como gostaria de te chamar de "meu amor",para que todos ao redor soubessem que é sim só meu,meu menino.
Mas a minha covardia me faz ficar calada a todos os anseios que gritam ao te ver.
Como se o ar de coragem sempre tão presente no meu semblante, me abandonasse,e o que restasse,fosse apenas eu,sem as mascaras,sem a audacia,sem a petulancia tão presente nas eventuais conversas.
Poderia assim,num lapso de teimosia,dizer em alto e bom som,o que até hoje so consigo dizer a mim mesmo sussurrando,mas apesar da agonia que atormenta meu sono,não achei as palavras certas para te dizer o que se passa em mim.
Ao menos consegui dar nome a isso.
É a alegria de ver um amanhecer?
A calmaria de ver o por-do-sol?
A poesia do amante no luar?
Talvez seja a mistura de todas as coisas boas.
Um frio na barriga,borboletas no estomago,e meu escudo de ferro derretendo ao ver esse sorriso.
Ah que sorriso...
Percorreria o mundo ,escalaria montanhas,enfrentaria tempestades,desde que ,no final do percurso fosse seu sorriso a me receber.
Meu menino.
Ao menos já notaste meu rosto em meio a multidão?
A resposta me da medo.
E o medo é o pior inimigo dos apaixonados.
È ele ,apenas ele que me impede de ir até voce.
Mas se em um dia qualquer,olhar para o lado,notara uma menina te observando ansiosamente,por uma resposta,na qual a pergunta foi declarada em silencio.
Se essa declaração chegar ate voce, como uma peça pregada pelo destino,não duvide,nem por um segundo,da verdade com que cada palavra foi escrita.
E como ironia,já consigo imaginar esses olhos verdes me encarando,com um esboço de sorriso nos lábios ,e com a eventual confiança.
Meu menino,te quero,como se cada batida do meu coração contasse os segundos de te ter,como se no breu da noite voce fosse a luz ,como se o arco-iris tivesse nome e sobrenome.
com amor,
Mi.
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