Na cidade que não dorme e nenhum homem descansa, o homem dança estático. Cigarros e derivados, drogas lícitas e atestados. Emoções geradas sob o efeito do álcool e encontros e desencontros desajeitados, acidentados. Risadas e amassos com interesses capitais. A terra onde o tabaco e a cevada destroem o corpo, mas acalentam as almas dos homens, os animais. Diferentes tons de amarelo, branco e preto. As listras, o jazz, o blues, a bossa. Toda a sujeira da noite acaba em certa beleza quando na mão da mesma. A insônia, o quarto e o LP na agulha completam a noite do homem preso em utopia e loucura. O homem da jaqueta musgo e de revólver no coldre. Sem caras, nem bocas, nem faces distintas. Repassa e ameaça o reflexo. Desconstrói o ser e o servir. O próprio encara o homem desnudo no espelho. Pinta com o revólver quadros vivos em vermelho.
|