Desilusão
Sofri por amor, mas meu pranto secou-se,
Nas íngremes margens da desilusão!
Amargo meu peito de dor exilou-se,
Nas grutas profundas da dor, solidão.
Tornei-me rascunho, mera ficção,
E apenas tristezas o tempo me trouxe.
Sofri por amor, mas meu pranto secou-se,
Nas íngremes margens da desilusão!
De todo esse amor que era tão doce,
Ficaram lembranças caídas ao chão.
Mas a poesia não congelou-se
E brota do fundo do meu coração.
Sofri por amor, mas meu pranto secou-se!
Edith Lobato
|