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Abadom
Anjo
Claudiana Dias Dos Santos

Resumo:
Um anjo foi lançado na terra e dele trouxe vinganças, muitos de suas lutas foram a forma de se mostrar o quanto decepcionado estava, mas o mundo não poderia pagar por seu destino. Então o preço a ser dado era a luta por sua dignidade e o apreço do seu amor para com a humanidade.


O véu de luz refletia em seu rosto de esplendor flamejando gotas de sangue, a espada desembainhada no chão coberto por centenas de corpos. Estava determinado acabar com a guerra e mensurar a paz que um dia tanto sonhou. O inferno seria perto demais, mas o céu não seria o limite para as atrocidades de sua vingança. A terra já tinha contribuído bastante para o inferno ganhar força e destruir seus antepassados, agora era o momento de encontrar com os outros para uma batalha incorruptível.
     Sua missão não era aniquilar, mas compensar. Entretanto havia três segredos que mantinha seus poderes ocultos e que agora teriam que serem recuperados para enfrentar uma guerra justa. A caixa, a chave e o pergaminho.
A chave fora jogada no poço da imortalidade. A caixa estava sob seu poder, mas o pequeno manuscrito citava algo selado por um intermediário de Deus. Que ao recitar suas palavras criavam magias e levadas ao vento possuía o poder de um dragão para acompanha-lo em sua breve missão. Esse animal feroz poderia leva-lo as dimensões mais infinitas do oceano e protege-lo de qualquer inimigo, ou leva-lo para o inferno onde os tempestuosos dias fora torturado para vencê-lo e ganhar sua liberdade.
Puxou pelo cabo da espada onde foi gravado draco guardou-o e saiu.
Abadom estava ressalvo numa linha imaginária conhecida como mundo físico ou plano físico, apenas como um simples mortal, e tinha que se conectar com Ratziel para ler o pergaminho e devolve-lo os poderes que um dia foi tirado por ter escolhido uma única coisa: o livre arbítrio. Ser um anjo ou um lutador não mudaria seus princípios como homem, apenas o tornaria mais forte a ponto de perder o céu e lutar contra os anjos rebelados e ganhar novamente o respeito de Deus. Isto o faria ser Abadom.
Andou por um momento num sol escaldante e avistou um cavalo abandonado por seu dono morto. Montou e cavalgou, talvez por horas. Tinha o objetivo de chegar até a entrada da montanha de Enesto para se comungar. O tempo fora do tempo onde o ciclo voltou-se contra ele e tudo que mais desejava era a vontade de vencer não importava as marcas de Cronos em sua pele e os obstáculos de Zeus. O que realmente lhe importava era o que tinha nascido com ele; o espirito filantrópico na qual foi designado. Então o mundo parou.
O preambulo do entardecer deixou de se arrastar entre as colinas e as aves deixaram seus cantos num tom atordoante que seus ouvidos zumbiam com o chicotear dos ventos e então Ratziel apareceu.
- Meu irmão porque se humilha tanto para o povo da terra?
O olhar de Abadom cabisbaixo foi se reerguendo para encontrar-se com o divino impiedoso.
- Eu nasci com uma difícil tarefa. Você sabe que amo minha espécie e mesmo amando tenho que ceifá-los. Porque existe uma lei na qual eu desconheço, a lei da morte.
- Você só cumpre o que deve ser feito e nada, além disso. É justo.
- Quero que leia o pergaminho, meu irmão.
- Você entende o que pode acontecer, não entende?
- Sim.
- Encontre-me amanhã no entardecer e eu lhe trarei a chave e lhe darei em seu poder. Uma parte de toda a terra estará em seu domínio e terá meu apoio para cumprir sua difícil tarefa.
Os olhos de Abadom piscaram e o tempo voltou. As sombras se rastejavam entre as paredes que se levantavam das montanhas, os pássaros continuaram procurando seus ninhos e tudo que restou foi uma solidão inesgotável de sonhos heroicos e vinganças.
Montou o cavalo novamente para seguir sem rumo uma direção falsa de sua vida. Atordoante viajou firme e seguro naquilo que ouviu, o outro dia seria um amanhecer diferente e aquela noite seria a mais bela de todas.
Não conhecia ninfas nem fadas, mas mulheres de verdade onde o toque era real, o modo apalpável na qual ele só teria lembranças. Seguiu em direção ao norte e procurou um lugar perto dali para passar a noite e olhar para as estrelas.
Ratziel o amava e faria tudo para ajuda-lo, talvez tivesse deixado o portal aberto de propósito. Um caminho da vida na qual os pensamentos se tornam reais. Pensando e contemplando os pontinhos brilhantes no céu adormeceu.
Uma jovem com uma vasilha de barro na mão transbordando de água dava lhe com cuidado enquanto levemente acordava.
- Meu senhor, você estava delirando, talvez pegou muito sol e desmaiou na encosta das montanhas. Meu irmão o trouxe para cá. Somos de bem.
- Onde estou?
- No leste de Enesto.
- Eu seguia para o Norte.
- Talvez o Senhor só precise de descanso, depois eu o levo para o mesmo lugar.
Abadom se inclinou novamente no travesseiro feito de folhas de Artemísia e seus olhos voltaram a se fechar.
Aquela jovem atravessou as barreiras dos sonhos e entrou pelo portal aberto deixado por Ratziel. Uma jovem encantadora que pelo pouco tempo com os olhos abertos fez seu coração se despertar. Entre as colinas de Enesto fez amor com ela.
Era de manhã e sua vingança ainda permanecia. A jovem se aproximou para se despedir:
- Vou leva-lo como prometi.
Abadom sentiu uma emoção na qual nunca sentiu, seu paladar misturou-se com o perfume dela e tudo que desejava era possui-la.
Montou o cavalo e seguiu ao lado dela e quando estavam num cavalgo sedutor relutante... Abadom parou e desceu-a e fizeram amor como no sonho. Seus pensamentos inconscientes tornaram-se reais.
Abadom ficou esperando por Ratziel no entardecer daquele dia. O manuscrito foi lido como esperado e as palavras trouxeram o dragão e tudo que foi lhe dito foi feito, exceto uma coisa: o toque aveludado daquela jovem encantadora onde seus sonhos debruçavam sob uma janela invisível de desejos num luar eterno de esperas. O grande dragão vermelho chegou para leva-lo e exterminar o que de fato foi predestinado.
Voaram para os confins do oceano para libertar mais três anjos e coloca-los de volta nos quatro pontos do mundo. Toda a Terra seria equilibrada com os quatro elementos e as quatro estações.
Porque sua vingança não era aniquilar, mas compensar.
Perpétua teve um filho na qual recebeu um dom excepcional; o dom da cura. E tornou-se o mensageiro de Abadom levando alegria em vez de luto. Esta foi a semente deixada por Abadom naquele dia. E, disto tinha certeza, o sangue derramado em sua espada fora o preço pra mudar tudo.


Biografia:
Escrevi dois livros e já iniciei o terceiro. O primeiro é um drama, respectivamente, ficção e magia. Tenho muitos contos, poesias e contos infantis.
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Contos Abadom Claudiana Dias Dos Santos
Poesias O mensageiro de Abadom Claudiana Dias Dos Santos


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