É, eu gostava de ter sua atenção, de tal forma, dessa tal preocupação, de querer saber como foi o meu dia, desse teu interesse cotidiano, mesmo que fosse só fingimento, ou não! Gostava da sua amizade sem nenhuma pretensão.
É, eu gostava muito de falar com você, era engraçado, fluía tão rápido e a gente ria sem perceber, em meio a conversas vagas e de uma “convivência” curta, já gostava de verdade desse nosso conviver.
Sim, foi tão pouco tempo que nem vi a hora passar, você chegou tão de repente, se aproximou, então deixei você ficar, e depois aos poucos se afastou, foi indo embora do nada sem ao menos justificar.
É, tudo ia tão bem, mas afinal, o que há agora? Nem consigo explicar os momentos legais de outrora, é como se não existissem, e nunca tivessem existido tudo agora é tão seco e ao mesmo tempo tão frio, o que resta agora são resquícios de uma amizade que utopicamente sucumbiu.
Sim, o que prevalece aqui agora é apenas a nostalgia de ter sua “ amizade”, da sua “companhia”, das conversas que fugiam a realidade, das risadas, dos comentários sem noção, do circo que você armava só pra chamar atenção, de falar de poesia, compartilhar de ironias e dialogar sobre canção
É, acho que o encanto desse enlace era tão raso que o vento acabou por levar, mas mesmo em tão pouco tempo, me parecia tão duradouro que achei que fosse se prolongar, por tão poucos dias foram bons esses instantes que você pode e quis ficar, a culpa do afastamento não é minha, você que se foi e insiste em querer me culpar, queria que tudo voltasse a ser como foi um dia, e que a nossa convivência voltasse a prosperar.
|