Do meu leito Safira, a vejo sorrindo;
A vejo sensual, que ante teus pés
Os homens curvam o chapéu.
A vejo com os olhos carregados de nostalgias.
Com o coração amante de uma paixão sem fim,
Assim a vejo safira, sorrindo pra mim.
À noite a vejo observando as estrelas, Cantando a infância,
Namorando a namorada dos amantes.
No jardim que tuas mãos construíram,
A vejo como flor sem vaidade,
Como néctar da saudade,
Que nos olhos de quem ama deixaste.
Diante dos homens, esta saudade é um crime.
Diante de Deus é paixão.
Diante do poeta se tornou versos enamorados,
Que dos olhos de safira,
Brotaram sorrindo pra mim.
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