O brilho dos seus olhos incendiou-me a alma.
A sua chama queimou-me por completo.
O calor nos aqueceu de um modo que não parecia ser possível.
Mas os ventos sopravam forte,
balançando as nossas estruturas
e das chamas só restaram fumaças.
O fogo apagou-se.
Dos teus olhos o brilho desapareceu.
O que era quente tornou-se frio.
E agora nós tentamos reacender o fogo que já não existe,
mas só saem faíscas das nossas mãos.
Tentamos, falhamos e sofremos.
Vivemos em um círculo de frustrações,
tentando tornar o impossível, acessível.
Mas nós estamos morrendo de frio.
Congelando, morremos a cada segundo.
|