Sendo singelo com as minhas palavras, teço uma breve e audaz aspiração de uma pedra.
Dentro de meu quarto clareado pela luz natural, ela reside exercendo com vigor sua posição como pedra que sempre foi e será.
Esse é um alento que me causa tristeza; que me traz momentos de desprendimento a uma determinação sobre as causas naturais, que por debaixo de tantas outras, foi escolhida para reger a segurança de meu sossego às investidas das forças oitantes da natureza que simulam o ato de um ladrão pronto para saquear minha paz e minha ordem, que são objeto para manutenção da minha concentração.
O seu papel é fundamental para o provimento do cessar fogo inimigo e de discussões infundadas e estéreis sobre a possível causa de colocação dividida, tanto pelos seus outros destinos como pelas quais faz uso.
A sua existência paternal é desconhecida aos olhos menos treinados e limitados pela ocasião, já o de sua “madre”, alego o destino, que seja seu propósito de existência, pois quem a colocou deu vida à sua realidade e um futuro como as matrizes fazem.
Seu aspecto é colorido e vivo como muitas cores girando rapidamente, até que tenha se tornado uma, mas não sendo ‘uma’.
A sua massa é descendente de uma liga duríssima que serve de base para saltos na imensidão dos mares freudianos e reais, no mais, também, abrigo para o itinerante.
Nunca haverá outra igual a ti e quem sustente a lógica dos meus pensamentos e a profundidade do infinito da minha cede pelo renovo e autoconhecimento; mesmo que em segundo plano, sua ação é semelhante, em termos reais, a dos guardiões do paraíso reservado para os famintos e sedentos pela verdade que nunca se calam, aos rios que nunca secam e as almas que nunca morrem.
Meus agradecimentos à pedra que não deixa que a minha porta cumpra sua missão de fechar e interromper meus pensamentos.
Obrigado pedra.
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