Imagino-me à beira de um córrego de águas frescas e cristalinas.
Ouço o sussurrar das águas, em constante desalgemar da terra, deslizando suave por entre as pedras já polidas e arrendondadas pelo tempo.
Em alguns lugares formam lindas piscinas naturais, com inúmeras flores silvestres, perfumados jacintos, beirando sua margem.
Espraio jacente ao chão, fecho os olhos e entrego-me ao doce toque do sol que me aquece inteira.
A pele arde, o sangue ferve em contato com seu calor.
Que deleite! A lânguidez toma conta até da alma e adormeço realizada e feliz.
Abro os olhos no entardecer do sol que vai sumindo devagarinho, como que acenando um triste adeus, mas com a promessa da aurora de um novo dia.
Embriagada de alegria, olho o rio, a água e penso: Por que não?
Em segundos mergulho na água transparente e grito de felicidade como uma criança pequena.
Sinto-me parte do mundo, de tudo, do sol, da natureza, da água. Somos um só.
Abro os olhos, era apenas minha imaginação.
Mas por que meu sangue ferve e minha pele arde de quentura?
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