Quando achamos que estamos certos em tudo, quando não conseguimos escutar o som da verdade e também quando estamos convictos que a verdade pertence somente a nós, é quando estamos exageradamente repetindo uma cena de egocentrismo clássico, com muita vaidade e muita arrogância.
Quando não conseguimos escutar a voz da razão, o som do silêncio e a fala dos Céus, estamos invadindo um espaço proibido, não permitido da nossa mente.
Estamos na verdade sendo cúmplices de nossos medos, de nossos horrores, da nossa impotência e da nossa impaciência.
Estamos deletando a benevolência e a compaixão do nosso dicionário.
Estamos unidos à irritabilidade, à falta de compreensão e de sentimentos bons.
Estamos definidos a cometer desatinos, a sermos insensíveis, inflexíveis e altamente egoístas. Estamos percorrendo praticamente um caminho sem retorno.
Quando temos uma forma geométrica que se auto repete dentro de si própria e parece sempre igual, não é um mero fractal e sim um caleidoscópio de incertezas, com imagens transformadas no espelho da repetição em terríveis pesadelos e sensação de solidão intelectual e moral.
Independente da ampliação da imagem em quem nos vê e ao mesmo tempo não nos enxerga, nos causa uma sensação de automatismo e de desprezo.
O reconhecimento da nossa voz como um som de comando ou até confundido as vezes com um urro animalizado, as vezes não conseguimos perceber de imediato. Mas quando nos escutam, e não nos ouvem, positivamente entendemos que estamos deteriorados no conceito do semelhante. Somos apenas um amontoado de cacos precisando urgentemente ser reagrupados e rejuntados pela sensatez e pela Sabedoria da Vida.
De nada adianta a nossa soberania se não temos súditos;
De nada adianta a nossa liderança se não temos fiéis e liderados;
De nada adianta o nosso poder se somos hipócritas e déspotas.
Assim como somos intransigentes, o fluxo energético que emanamos, retorna com a potencia amplificada, cometendo estragos quase que irreparáveis em nossa consciência. É quando sem compreensão, nos entregamos ao ostracismo.
De nada adianta a nossa soberba, pois mesmo com todo o conhecimento e com toda a teoria, a prática nos ensina que a Vida é feita de momentos, de fatos, de acontecimentos, de tragédias, de infortúnios e de sofrimentos, que até parecem com os que já aconteceram, mas não são idênticos.
Enquanto nenhum problema grave nos assola, não conseguimos mensurar a sua magnitude, por esse motivo não conseguimos avaliar o desgosto de outra pessoa em sua totalidade. E na maioria das vezes nem damos crédito ou nos sensibilizamos com o fato.
O mundo nos mostra a cada dia que precisamos respeitar mais o semelhante, nos unir cada vez mais com o próximo, pois sem esse auxilio, estamos perdidos.
A solidariedade, palavra que está na moda hoje em dia, é o meio mais rápido de solucionar a maioria dos problemas que necessitem de solução imediata!
Um grande exemplo, são os sobreviventes de enchentes e desabamentos em condomínios de luxo, que foram resgatados com Vida por pessoas simples, funcionários e operários na sua grande maioria.
Os céus nos mostram que tudo tem um limite, um propósito e uma razão de ser. Todos somos iguais perante a Natureza;
Todos temos os mesmos direitos e as mesmas necessidades;
Todos precisamos das mesmas coisas básicas para sobreviver.
E contamos com a cooperação e a assistência de outros para existirmos.
E até para virmos ao mundo precisamos do auxílio à princípio, de duas pessoas na concepção e de muitas outras no nascimento.
Os fatos e as coisas mais simples não necessitam de dinheiro para serem conquistadas. A espontaneidade, a originalidade e a verdade, são fatores que não se adquire e sim, se nasce com eles.
Muitas vezes definimos “dons” divinos como, um grande físico, musico, médico, religioso, político, líder ou artista, é quando nos equivocamos. Um grande presente dos Céus, que na verdade é o “dom” maior, é a bondade... Esse sim tem reconhecimento eterno. Fazer um bem para a Humanidade é divino e notório e fazer um bem a um vizinho ou alguém que necessite, é simplesmente maravilhoso.
É o legado que o nosso profeta maior deixou, como herança e como tesouro.
Os parâmetros entre a ficção e a realidade se confundem na atualidade.
Todos os dias novos inventos, nova tecnologia, novas fórmulas nos são mostradas, apresentadas e também passam a fazer parte do nosso dia a dia.
Então porque sermos prepotentes, irreverentes e sarcásticos, pois na verdade sabemos que não estamos sós e não podemos viver sós, sem o agricultor, sem o operário, sem o cientista, sem o artista, sem o poeta, sem o professor e principalmente, sem o aluno.
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