Ontem, ainda nem era Natal,
e no comecinho da noite
eu ganhei o meu presente
de Papai Noel.
Você chegou assim de surpresa,
eu não te esperava,
nem mesmo sonhava
que vinha me ver.
E como sempre você chegou
safadamente sedutora,
cabelos molhados no rosto,
brincos grandes de argolas,
e aqueles olhos de pidona
que só eu conheço,
cheios de segundas intenções.
E apesar da tua calcinha
vermelha pequenina
e quase sumida,
muitas vezes se convidar
entre meus dedos,
a deslizar pelas tuas coxas,
nessa noite,
não fizemos amor
com nossos sexos.
O amor se fez na calmaria
de beijos apaixonados na boca,
assim como são os presentes
esperados por meninos e meninas.
Sim beijos,
apenas beijos.
E com eles chegaram os orgasmos
incontáveis,
infindáveis
e inesquecíveis,
enquanto a madrugada
avançava lentamente
embriagada pelo nosso amor.
Depois de saciados,
com um último beijo na boca,
te coloquei de mansinho pra ninar.
E aconchegado na tua conchinha,
fiquei quietinho te acariciando,
te vendo adormecer,
quem sabe sonhando
com nossas bocas se amando.
E quando os primeiros sinais
do dia do Papai Noel foi chegando,
eu deixei você adormecida.
E já ouvindo o canto dos sabiás,
fui saindo surfando as estrelas
que também começavam adormecer
num amanhecer de verão,
depois de fazer amor com você.
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