Quando lemos a epístola aos Hebreus, especialmente os seus capítulos terceiro e quarto, nós vemos que o grande problema do homem é a incredulidade.
A falta de fé em Cristo, do modo pelo qual convém ser crido, em testemunho de uma vida transformada pelo Espírito Santo, é deveras o único e grande problema da humanidade.
Porque tudo é possível ao que tem fé no Senhor, conforme Ele mesmo afirmara em Seu ministério terreno.
Sem fé nEle é impossível agradar à justiça de Deus.
Sem ser justificado pela fé, se permanece debaixo da condenação da lei divina, em razão da natureza pecaminosa que existe em todas pessoas, sem uma única exceção, conforme ensinado pela Bíblia, e especialmente em todo o Novo Testamento.
Mais do que enfermo espiritualmente, o ser humano se acha morto no que tange ao seu espírito, por causa do pecado.
Somente Cristo é a resposta para a ressurreição espiritual que toda e qualquer pessoa necessita, para poder ter acesso ao reino dos céus e à sua justiça.
Fé genuína e salvadora em Cristo é tudo quanto é pedido por Deus, e quanto se necessita para ser livrado da condenação eterna no dia do grande juízo de Deus, e para se ter acesso à vida do céu.
Nada mais pode dar ao homem a vida eterna.
Esforços para vencer o pecado serão em vão para tal propósito da justificação, porque esta é somente por graça e mediante a fé.
Olhar para si mesmo e lamentar a condição de pensamentos e erros praticados, e somente isto, será de pouca ou nenhuma ajuda, porque Deus nos convoca a olharmos para Cristo com os olhos da fé, e somente isto, para que sejamos salvos.
Nosso grande problema não é portanto o quanto temos acertado ou errado, mas se temos ou não temos a fé que salva.
Por isso, o problema central e principal do homem, como a Bíblia afirma, é a incredulidade.
É por ela que somos condenados.
Porque caso crêssemos seríamos salvos, e eternamente salvos.
Não foi sem motivo que nosso Senhor proferiu para Nicodemos as seguintes palavras no diálogo que tivera com ele no passado:
“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?
Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.
O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.
Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus:
Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?
Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho.
Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu.
E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3.3-18)
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