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Conhecendo a Deus com o Profeta Miqueias - parte 4
Silvio Dutra

Miqueias 4

“1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos.
2 Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.
3 Ele julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
4 Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.
5 Porque todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a nós, andaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus, para todo o sempre.
6 Naquele dia, diz o SENHOR, congregarei os que coxeiam e recolherei os que foram expulsos e os que eu afligira.
7 Dos que coxeiam farei a parte restante e dos que foram arrojados para longe, uma poderosa nação; e o SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.
8 A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém.
9 Agora, por que tamanho grito? Não há rei em ti? Pereceu o teu conselheiro? Apoderou-se de ti a dor como da que está para dar à luz?
10 Sofre dores e esforça-te, ó filha de Sião, como a que está para dar à luz, porque, agora, sairás da cidade, e habitarás no campo, e virás até à Babilônia; ali, porém, serás libertada; ali, te remirá o SENHOR das mãos dos teus inimigos.
11 Acham-se, agora, congregadas muitas nações contra ti, que dizem: Seja profanada, e vejam os nossos olhos o seu desejo sobre Sião.
12 Mas não sabem os pensamentos do SENHOR, nem lhe entendem o plano que as ajuntou como feixes na eira.
13 Levanta-te e debulha, ó filha de Sião, porque farei de ferro o teu chifre e de bronze, as tuas unhas; e esmiuçarás a muitos povos, e o seu ganho será dedicado ao SENHOR, e os seus bens, ao Senhor de toda a terra.” (Miqueias 4.1-13)

Esta parte da profecia de Miqueias revela claramente qual é o método de Deus para emular Seu povo à obediência.
Nós vemos este método declarado nas palavras de Paulo em Romanos 11.22:

“Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado.”

Ele usa de severidade para com aqueles que andam voluntariamente errados em relação à Sua vontade, mas de bondade para com aqueles que Lhe obedecem.   
A profecia de Miqueias tinha o alvo de declarar a verdade dos juízos de Deus sobre Israel e Judá, por causa do mau caminho deles, entretanto, isto não significava uma rejeição total e final do Seu povo.
Ao contrário, era uma demonstração de que Ele, o Senhor, não muda, e que estava cumprindo tudo que havia dito fazer desde os dias de Moisés.
Ele quer abençoar, mas Seu povo deve se posicionar, vivendo do modo digno da bênção, porque de outro modo, em vez de bênção, buscará juízos corretivos.
Um viver abençoado, sempre é condicional, ou seja, depende de uma sincera obediência à vontade de Deus.
Não há vida de vitória, segundo o Senhor, quando se anda contrariamente à Sua vontade.
Aquisição de bens não significa esta bênção. Como de igual modo perseguições e sofrimentos por causa do evangelho não significam a sua falta.
Este viver abençoado vitorioso consiste em se ter a aprovação de Deus quanto ao que somos e o que fazemos.
O povo de Deus não foi destinado por Ele à ruína e ao despojamento pelo Inimigo, mas à vitória.
Então, aqueles juízos que viriam sobre Israel e Judá, sob a forma de destruição, respectivamente, da parte dos assírios e dos babilônios, não representavam a impossibilidade de vitória para todos os que fossem verdadeiramente piedosos, porque como vimos, mesmo no cativeiro, Eliseu, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdnego e outros, tiveram um viver vitorioso por causa da sua piedade.
Temos então, o incentivo a um viver piedoso, na profecia deste capítulo, porque nele, o Senhor faz boas promessas em relação a Israel, as quais teriam cumprimento, especialmente, quando da manifestação do Messias.    
Havia um futuro glorioso prometido para Israel, apesar de todas as assolações que teria que enfrentar, por causa do pecado do próprio povo.
Mas, estas promessas se cumpririam em justiça; por isso se diz que aconteceriam nos últimos dias, e não somente os israelitas seriam beneficiados por esta promessa, mas todos os povos que afluiriam ao monte da Casa do Senhor, que seria estabelecido no cimo dos montes, veja bem, no cimo dos montes de várias nações, e não apenas em Sião (v. 1).
Esta profecia é uma referência ao período da Igreja, espalhada em todas as nações da terra.
Todavia, a partir do verso 2, a profecia se aplica ao governo do Messias no período do milênio, a partir de Jerusalém.
Será, portanto, dali que procederá as ordens e leis para todas as nações da terra, que serão julgadas e corrigidas pelo Rei dos reis; mesmo as nações poderosas e distantes de Jerusalém, que terão que converter seus armamentos de guerra em instrumentos úteis para a produção de alimentos, e não haverá mais guerra de nação contra nação.
Em consequência, não haverá mais necessidade de forças armadas e nem de preparar pessoas para serem ensinadas na arte da guerra, porque o milênio será um período de perfeita paz em todo o mundo.
A tão sonhada paz entre todas as nações, somente poderá ser vista neste período, quando o Messias estabelecer Seu reino de justiça e de paz na terra, logo depois da Sua segunda vinda.
Não haverá mais o temor de violação do direito à propriedade, porque cada pessoa se sentirá segura em sua própria posse, sem o temor de que esta lhe seja tirada por meio da violência ou por decretos injustos.
Nenhuma nação andará mais em nome de outros deuses, mas aos que for dado permanecerem na terra, no período do milênio, adorarão somente ao Senhor.
O Senhor deixaria um remanescente (um povo restante) daqueles que haviam sido afligidos por Ele, e dos que foram expulsos da Sua presença, para formar uma grande nação que reinasse juntamente com Ele no monte Sião, por toda a eternidade.
Então, Judá iria para o cativeiro em Babilônia, mas sairia de lá, pelo braço forte do Senhor, não para apenas voltar à sua própria terra, mas para que se desse cumprimento a estas profecias gloriosas relativas ao reino do Messias.


Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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