A brisa do mar entope...o armário.
Os sentimentos reprimidos tomam o
Corpo...o estuário.
Lutar contra o vento é necessário.
Bater na lua é primazia do mortuário,
Balançar o sol é hilário
Sorrir para as flores pode formar um ervário.
Mas tudo parte, tudo fica..primário.
Tudo é vida, tudo é sonho, um sonho arbitrário.
Carregar o corpo é um trabalho, sim, secundário,
Mas carregar o futuro possível, é um calvário.
Foi assim até para Jesus, filho do seu emissário.
Não nos resta saída, seu otário.
Faça o que tem que ser feito, sem ser precário.
Seja profissional, como os vaga-lumes, que brilham, sem salário.
Brilham porque a vida precisa de brisa, de luz e rosário.
Caia como cai a chuva, como paira o orvalho.
Suba como sobe o ar, como voa o canário.
Fuja! Como foge o devedor,
do proprietário.
Pondere, chegue ao limite, sem ser perdulário.
Enfrente a vida, não a transforme...
num cenário,
Ela é sua, não o contrário.
Siga em frente, sem partir, sem ficar...solitário.
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