Tempestade!
Às vezes, ela se desencadeia
dentro da gente,
basta algo acontecer:
Mágoas da vida,
perda de alguém que amamos,
separações definitivas,
descobertas de nós mesmos,
descobertas dos que estão
perto de nós.
Coisas,
muitas coisas.
E a gente sofre,
chora, grita, foge.
Os ventos são fortes,
queimam a alma,
derrubam as cercas
que construímos.
Quebram as correntes
com que nos amarramos.
Dobram as hastes
que nos mantém em pé.
E assim, ficamos no chão,
moídos, quebrados,
mergulhados nas chuvas de lágrimas,
quase mortos.
Então,
ela vai embora,
assim como veio.
O vento perde seu furor,
O sol brilha novamente.
E a gente se ergue,
encontra os rumos,
Acha o norte outra vez.
Com nova força,
Nova esperança.
Com nova coragem,
com nova vida!
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