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MOSAICOS
DIRCEU DETROZ

No resumo do meu silêncio
restou um trem partindo,
uma estação vazia.

Um amontoado de lágrimas
descendo como ondas,
no frio já gelado de abril.

E caminhei pelas ruas desertas,
de outdoors molhados e tristes
vigiando meus passos.

Ali imóveis, e sem piedade,
todos eles me olhavam
quase entendendo minha dor.

Diferente do trem sumindo na curva
eu estava sem rumo,
perdido por descaminhos.

Nem havia percebido
que a chuva fina estava de volta,
a noite também chorava.

Eu era um mosaico
fantasiado pelas luzes da cidade,
atormentado pela separação.

Tentei um novo resumo,
sem a estação, sem o trem, sem a curva,
sem as lágrimas, mosaicos ou descaminhos.

Então percebi ainda mais triste,
que meu diário de verão
havia se rasgado para sempre.

E quando o inverno enfim chegou,
trouxe notícias daquele trem
e da passageira que nunca quis partir...

Seu desejo era de fazer o trem voltar,
da curva nunca existir,
e do verão nunca terminar...


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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