Coração de porcelana |
CLAVIO JACINTO |
Entre os vis projetos de meus sonhos
No império do ego que domina
Ristes cenas gravadas em fogo
Riscos pintados que nada entendo
A vida, partindo do interior.
Nas margens dos planos traçados em barro
Um coração embalsamado em fogo
Como as finas porcelanas do oriente
Amei as cinzas que se endureceram
E as setes tintas do arco antigo
Pintura rupestre dentro de mim
Como aquelas que existem em Lascaux
Eu que de mim pouco tenho
Porque nas ciências de mim mesmo
Nada entendo
Sou como um mistério que se desfaz
Como o barro amolecido na foz
Imagino como meu coração pode bater
É tão duro como a pedra polida
Cerâmica endurecida em sete fogos
Envolvida com o negro esmalte
Adormecido nas entranhas do tempo
|
Biografia: Cristão evangélico, autodidata e pesquisador, poeta e pensador. |
Número de vezes que este texto foi lido: 55555 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 21 até 30 de um total de 166.
|