Coração de Ambar |
CLAVIO JACINTO |
Tenho procurado um coração de ambar
Eu vim do infinito desconhecido
Atravessei o oceano amniótico
Nove meses de jornada
Em um barco de madeira de acacias
Ao som do sorriso de meus pais
Cheguei ao porto da luz
Onde as ambrosias florescem
Senti o perfume das ameixeiras
Coloquei meus pés na relva e nas amoreiras
Colhendo entre os entulhos
O amor perfeito
Joguei fora a ampulhera
Perdi o sentido do tempo
Quando percebi, já era tarde demais
Cavei em busca de ambares
No relento elevei meus altares
Por onde ando não sei
Corações de ambares não encontrei
Mas na metade do caminho
Achei minha outra metade
Revestida em papel de felicidade
Assim tomei posse do que veio me encontrar
Mesmo sem ter o coração de ambar
Fiquei com um coração de carne
Que tanto me fez amar
Assim prossigo em uma jornada a dois
E a procura deixo pra depois
Quero agora mesmo é ser feliz...
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Biografia: Cristão evangélico, autodidata e pesquisador, poeta e pensador. |
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