Ao longe, ouvi uma penumbra reluzente cujo o aspecto me era familiar. Era uma moça vestida em panos trabalhados entre tons de vermelho e branco que, em seu torno, podia-se ver gritos sussurrados de apreensão e desespero. Logo em seguida, ao me aproximar com certa cautela, deparei com as minhas mãos, que antes normais, aparentando uma rispidez desconhecida e sentindo um estranho sabor amargo em seu corpo enaltecido por uma beleza carnal. Os meus lábios estranhavam a rigidez áspera do seu beijo que ia me queimando aos poucos. Era um ardor prazeroso aquele que ela me prestara naquele momento de solidão desconsolada. Os meus sentindos já me falhavam em prestezas, e tudo que me restara, era saber, com vigor único, a pronuncia incorreta do seu chamado.
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