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Demóstenes
Poetema
Alexandru Solomon

Resumo:
Os homens estão na planície. É preciso ir a eles. É preciso suportá-los. A angústia, a inquietação, a sexualidade, o pessimismo, o espírito de evasão, o instinto de destruição, a sensação de aban­dono, tudo caracteriza a imensa fragilidade humana, jus­tificando, à saciedade, o sobressalto con­tínuo de seu aniquilamento.

Pa-paixão que su-subjuga, re-ti-tira o sentido
Das palavras do discurso reticente e comprido.
Se pu-pu, pupu-pudesse retratar a emoção,
Com certe-certe-certeza tiraria a impressão

De ter sido a co-coisa premedi-premeditada,
Se-seria ao menos pelo uso consagrada.
Sem aplauso, seguiria um trajeto no-normal,
Mesmo se desperdiçado no espaço sideral.

É chegado o momento da ve-ve, ve-ve verdade.
Repetir não prejudica por ca-ca-ca-caridade,
Se gaguejo, quando falo, esque-queça por favor.
Nosso mundo é uma peça; eu sou mero espectador.

Se me deixam no pa-palco, pra platéia declamar,
Não se vê mo-mo-motivo para tanto reclamar.
Se se sente, por acaso, ofendida pelo texto,
Há de entender, senhora, se tra-trata de um pretexto.

Pois, se ti-timidamente reto-tomo a cantilena,
Não espero grande coisa, gladiador nesta arena
De profundos sentimentos e paixões reprimidas
Que, no fim, recolhem vaias ime-me-imerecidas.

Sa-sa-saiba, pelo menos, que sofri como um cão.
Insensível co-contempla, acho que tinha razão
O poeta que, temendo transformar-se em marido,
Preferiu se-ser amante para não se-ser traído.


Biografia:
Alexandru Solomon nasceu em Bucareste (1943), mas vive no Brasil desde os 17 anos. Ao lado de uma sólida carreira empresarial, de uns tempos para cá passou a se dedicar a uma nova paixão: a literatura. Através da sua escrita nunca deixa o leitor indiferente. Um contador de histórias na velha tradição, empregando recursos que vão mostrar ao mundo em que vivemos, algo que pudesse estar perdido. Preparem-se, portanto, para uma surpresa que virá atrás da outra. Pois, Alexandru Solomon, além de humor, vai mais fundo. Autor de ´Almanaque Anacrônico`, ´Versos Anacrônicos`, ´Apetite Famélico`, ´Mãos Outonais`, ´Sessão da Tarde`, ´Desespero Provisório` , ´Não basta sonhar`, ´Um Triângulo de Bermudas`, ´O Desmonte de Vênus`, ´Bucareste` (contos e crônicas) e ´Plataforma G`, além de vários prêmios nacionais e internacionais por sua escrita.

Este texto é administrado por: Celso Fernandes
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